A proposta de criação do Observatório Nacional de Ortopedia (ONO) foi o tema de uma reunião ocorrida nesta sexta-feira (22/11) entre o diretor da Anvisa Antonio Barra e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na sede da Agência, em Brasília (DF). O ONO é uma estratégia voltada ao estudo e ao planejamento estratégico para o desenvolvimento de ações visando a melhoria da qualidade da atenção no campo da ortopedia e da traumatologia no Brasil.

Também participaram da reunião o diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), João Alves Grangeiro, o supervisor do Laboratório de Engenharia Biomecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rodrigo Roesler, e a gerente de Tecnovigilância da Anvisa, Sheila Cordovil.

Por meio do ONO, será instituída uma ação permanente para geração e análise de dados técnicos e clínicos oriundos de testes biomecânicos de implantes ortopédicos e de estudos de acompanhamento de pacientes. Os conhecimentos gerados poderão contribuir para a elaboração de políticas de saúde, bem como orientar compras públicas, pautadas em qualidade, transparência, integridade, capacidade de resposta, efetividade, eficiência, ganhos em saúde e economia. Esses conhecimentos também constituirão subsídios para o conhecimento do comportamento dos dispositivos médicos implantáveis na fase de pós-comercialização e poderão embasar a regulação de tais dispositivos pela Anvisa.

Inicialmente, o foco será nas tecnologias de implantes para artroplastia de quadril e de joelho, e na internalização para a realidade brasileira dos dados de registros de artroplastias, já consolidados em outros países. Oportunamente, serão incorporados os dados do Registro Nacional de Implantes (RNI), estratégia que se encontra em processo de implantação no país, sob a coordenação da Anvisa.