24/07/2017

Noticiário do Bom Dia Brasil repercute situação precária da saúde pública

Jornal matinal da Globo deu ênfase à fiscalização dos Conselhos de Medicina; em seu comentário, Alexandre Garcia reforçou crítica ao descaso que alcança o setor

O jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, deu amplo destaque na manhã desta segunda-feira (24 de julho) à situação precária da saúde pública no Brasil, repercutindo dados das ações do Sistema Nacional de Fiscalização dos Conselhos Regionais de Medicina, que no período de janeiro de 2015 a junho de 2017 avaliou 2.936 unidades públicas de saúde, a grande maioria cercada de deficiências. A ampla reportagem teve mais de três minutos de duração, que se somou a outros dois minutos e meio do comentário do jornalista Alexandre Garcia, que foi contundente em sua crítica sobre o descaso a que a atenção à saúde está relegada. O noticiário ganha repercussão em meio aos desdobramentos da fala do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que mais uma vez tentou imputar aos médicos e demais profissionais de saúde a responsabilidade pelo verdadeiro caos no sistema, ignorando as reais origens, que incluem o subfinanciamento, má gestão, ausência de carreira de Estado no SUS e falta de políticas efetivas para fixação do médico nos centros menores. Na segunda-feira que começou com noticiário “quente”, também uma reportagem da Globo mostrou o comércio descarado de diplomas falsos, vendidos pela internet, como denunciado pelos Conselhos de Medicina após tentativas de registro dos documentos.

A fiscalização e os problemas

Em 2.936 unidades básicas de saúde avaliadas pelo Sistema Nacional de Fiscalização dos Conselhos de Medicina, no período de janeiro de 2015 a junho de 2017, um total de 768 apresentam mais de 50 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas sanitárias, sendo que 175 apresentavam mais de 80 itens fora dos padrões. Em 36 das unidades fiscalizadas, não havia sequer consultório médico.

O CFM e os CRMs, que compõem esse Sistema Nacional de Fiscalização, também constataram que 276 unidades não possuíam sala de espera ou mesmo bancos para os pacientes que aguardavam atendimento. Outras 126 não garantiam privacidade para um atendimento, deixando médicos e pacientes expostos e sem condições de garantir o sigilo durante as etapas de tratamento e diagnóstico, um pressuposto básico para o exercício ético da medicina.

As fiscalizações foram realizadas em 2.007 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 569 ambulatórios, 254 centros de saúde e 106 Centros de Atenção Psicossocial. Foram avaliadas a estrutura física das unidades, os itens básicos necessários ao funcionamento de um consultório e as condições higiênicas, em outros pontos. Em todos os aspectos, a situação encontrada é preocupante. No Paraná, embora a situação não seja tão grave como em algumas regiões, também apresenta muitos problemas em municípios do interior e na Grande Curitiba.

Reportagem do Bom Dia Brasil:

Bom_Dia_Brasil_-_Precariedade_na_sade_.mp4

Comentário de Alexandre Garcia:

Alexandre_Garcia_analisa_quadro_precrio_da_sade_pblica_-_.mp4

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