Ela tinha 93 anos e era filha do escritor Vasco Taborda Ribas e mulher de professor pioneiro de Londrina
O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com
pesar o falecimento da médica Dra. Aglaé Taborda Ribas Dutra (CRM-PR 591) . Ela faleceu no domingo (11) em Curitiba, aos 93
anos. O corpo foi velado na Capela Vaticano e a cerimônia de despedida ocorreu no final da tarde, no Crematório Vaticano,
em Almirante Tamandaré, Grande Curitiba. Formada em 1952 pela Universidade Federal do Paraná, a médica era especialista em
ginecologia e obstetrícia e em 2003 foi homenageada pelo CRM-PR, que lhe conferiu o Diploma de Mérito Ético-Profissional na
passagem do Jubileu de Ouro. As condolências da classe médica aos familiares e amigos.
O histórico familiar da médica tem profunda
identidade com o desenvolvimento do Paraná. O pai, Vasco José Taborda Ribas, foi advogado, promotor público, escritor, jornalista
e afamado linguista. Chegou a fundar e dirigir diversos jornais e revistas e integrou a União Brasileira de Trovadores, a
Academia de Letras José de Alencar, a Academia de Letras do Paraná e o Centro de Letras Paraná. Ele faleceu em 1997, aos
88 anos. O marido da Dra. Aglaé, Luiz Verges Dutra, era de Curitiba e se tornou o primeiro professor de Londrina, ao lado
do colega Remy Duszazck. Ambos têm relevância na expansão social e cultural daquela região do Paraná.
A Dra. Aglaé foi a primeira médica da Casa do Pequeno Jornaleiro de Curitiba, importante projeto de inserção
social de menores. Durante muitos anos ela foi a responsável pelo Gabinete Médico, de atenção à saúde dos adolescentes ali
acolhidos, não se importando até mesmo com os deslocamentos noturnos. A função era de médico-tarefeiro e com vínculo à Secretaria
de Saúde, à qual se dedicou grande parte de sua carreira. Há muitos anos estava afastada da Medicina. Ela também fez parte
dos perseguidos políticos da repressão militar.