05/11/2019
Também prefeito e fundador da Santa Casa do município metropolitano, ele tinha 93 anos de idade e 68 de formado; sepultamento será nesta terça-feira (5) em Curitiba
O Conselho Regional de Medicina do Paraná
registra com pesar o falecimento do médico Riolando Fransolino (CRM-PR 553), ocorrido na madrugada desta terça-feira
(5) em hospital de Curitiba. Ele tinha 93 anos de idade e 68 de graduação em Medicina pela Universidade Federal
do Paraná. O corpo será velado a partir das 12h na capela 2 do Cemitério Parque Iguaçu, com o
sepultamento ocorrendo às 17h no mesmo local. O médico deixa a esposa D. Odete, filhos, netos e dois bisnetos.
As condolências da classe médica aos familiares
e amigos do Dr. Riolando que, em novembro de 2017, havia sido homenageado pelo CRM-PR, que lhe concedeu o Diploma de Mérito
Ético e o cristal simbolizando a Medicina na passagem de seus 66 anos de formado. Pioneiro e por muitos anos o único
médico em atuação em Colombo, também foi prefeito do município metropolitano e idealizador
da construção do hospital da Santa Casa, que ele mesmo inaugurou. Recentemente, manifestou sua tristeza com
o leilão do prédio que acolheu o hospital por décadas. A prefeitura de Colombo decretou luto oficial
de três dias.
Nascido no município paulista de Ipuã, antigo Santana dos Olhos d’Água e o caçula dos 15 filhos dos imigrantes italianos Guerino e Genebra Fransolino (originalmente Franzolin), Riolando decidiu estudar em Curitiba diante das poucas opções em Medicina existentes no final da primeira metade do século passado. Desde criança queria ser médico e foi incentivado pela família depois de quase ter seguido a Odontologia, em estudos que faria em Ribeirão Preto. Passou no primeiro vestibular que fez na UFPR, sendo contemporâneo dos Drs. Francisco Boscardim Neto, Ivan Beira Fontoura, Francisco de Paula Soares Filho e José Maria de Araújo Perpétuo.
Reportagem especial sobre o Dr. Riolando Fransolino foi publicada no Portal do CRM-PR em novembro de 2017. Confira aqui.
Dedicou-se à profissão como sanitarista
e cirurgião, tendo sido o responsável pelas primeiras cirurgias no Hospital Pilar, inaugurado em junho de 1964.
Com título de leprologista, passou em concurso da saúde pública do Estado, sendo nomeado para Colombo,
que se constituía na maior colônia de italianos do Paraná, mas ainda de frágil desenvolvimento.
Contribuiu de forma intensa para os avanços sociais e econômicos da região.
Quando esteve no CRM-PR há dois anos, para ser homenageado pelo então presidente Wilmar Mendonça Guimarães, o Dr. Riolando rememorou algumas animadas histórias, como a de quando se apresentou à jovem que paquerava na região da faculdade e que viria a se transformar em sua mulher. Ela se chamava Iolanda e, ao dizer seu nome, o então estudante de Medicina teve de provar com os documentos de que não se tratava de um deboche e sim curiosa coincidência. Foram quatro décadas de convivência e três filhos: Riolando Junior, Marise e Clarice, piscóloga falecida em 2003. D. Iolanda Moro Manfredini Fransolino, professora de nível médio, faleceu em junho de 1989.