11/01/2015

Nota de pesar: Dr. Luiz Henrique Garcia Lopes

Médico morreu no sábado, 10, após salto de paraquedas em Piracicaba, no interior de São Paulo

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            para ampliarDr. Luiz Henrique Garcia Lopes. (Foto: Arquivo pessoal)

O médico londrinense Luiz Henrique Garcia Lopes (CRM 19.993), de 37 anos, morreu na tarde do dia 10 de janeiro em um acidente durante um salto de paraquedas, em Piracicaba (SP). Neurocirurgião do Hospital do Coração e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), ele foi enterrado no domingo, 11, no Cemitério São Pedro, em Londrina.

Luiz Henrique era considerado um paraquedista experiente e tinha cerca de 180 saltos no currículo, afirma o tio e ex-reitor da UEL Ascencio Garcia Lopes. Somente na última sexta-feira foram 15 saltos, em Boituva, e, no sábado, o médico fazia o sétimo e último do dia, em Piracicaba. "O paraquedas titular não abriu, ele acionou o reserva, que é menor e dá um impacto grande, machucou um braço e teve de se segurar com uma só mão. Como é preciso usar as duas, entrou em parafuso e caiu", disse o tio, que também é médico e é um dos fundadores do curso de Medicina da UEL.

Conforme informações da Polícia Militar de Piracicaba, ele se chocou em árvores no interior da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq), no campus da Universidade de São Paulo (USP), que fica ao lado de um centro de paraquedismo. Luiz Henrique foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Fornecedores de Cana, mas morreu minutos após chegar ao local.

Ascencio Lopes acredita que foi uma fatalidade, mas aguarda o resultado de perícia da Polícia Civil de Piracicaba. O empresário e instrutor de paraquedismo Edvaldo Roberto Menegassi, que saltava com Luiz Henrique no dia, contou que não viu qualquer problema no momento do acidente. "Estava tudo perfeito e não havia uma nuvem que pudesse atrapalhar. Fiquei sabendo o que tinha acontecido só quando aterrissei", disse.

O londrinense se formou pela UEL, fez especialização em Neuroradiologia Intervencionista na Fondation Rothschild, em Paris, e voltou à cidade natal, onde passou a atuar como neurocirurgião e como professor concursado da universidade estadual. Além do Hospital do Coração, também atendia com o pai, Pedro Garcia Lopes, que por duas vezes foi presidente da Associação Médica de Londrina, no Centro de Neurocirurgia e Neurologia. "Perco um sobrinho, mas Londrina perde um grande cirurgião vascular", afirmou Ascencio Lopes.

O enterro do médico reuniu um grande número de amigos e parentes. Amigo de infância, o médico Rodolfo Mansano se lembrou da paixão por esportes de Luiz Henrique. "Era um cara extrovertido, amigo, médico estudioso e bem formado. Foi algo que pegou todos de surpresa", resumiu.

Para o tio, o sobrinho sempre foi alegre, tranquilo e cheio de amizades. "Ele caiu, mas caiu feliz, porque simplesmente adorava saltar de paraquedas", afirmou Ascencio Lopes. Instrutor e amigo, Menegassi também destacou que o acidente ocorreu em um momento de diversão do médico. "Sem medo de errar, era o paraquedista mais apaixonado da nossa região", disse Menegassi.

Fonte: Folha de Londrina

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