25/02/2021

Nota conjunta de alerta do CRM-PR, AMP, Coren-PR, Crefito-8 e Sotipa tem grande repercussão

Entidades representativas de profissionais da linha de frente apontam sistema de saúde em esgotamento e necessidade de medidas enérgicas pelas autoridades diante da gravidade do cenário em todo o Paraná

Teve grande repercussão na imprensa e redes sociais o alerta de emergência para a situação de extrema gravidade da pandemia em todo o estado, com recursos físicos e humanos em seu limite máximo, divulgado no final da tarde desta quarta-feira, 24. A nota foi assinada em conjunto por instituições representativas de profissionais que estão na linha de frente de combate à pandemia: Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Associação Médica do Paraná (AMP), Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região – Paraná (Crefito-8) e Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (Sotipa).

O alerta também aborda a necessidade de adoção de medidas enérgicas pelas autoridades, ações que contam com o apoio dos profissionais da área de saúde envolvidos. Nesta quinta-feira, conselheiros do CRM-PR comentaram a atual situação do sistema de saúde em todo o Paraná, que está em sua capacidade máxima e atingiu o maior número de pacientes internados desde o início da pandemia pela Covid-19.

Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e conselheiro do CRM-PR, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, o apoio da sociedade é essencial neste momento para o combate à pandemia. "Prezado cidadão, prezado paranaense, prezado curitibano: precisamos da sua ajuda, da sua consciência de participação como cidadão em saúde no combate à pandemia", ressalta.

Assista ao vídeo:

 

Em reportagem da RPC veiculada nesta quinta-feira sobre a sobrecarga do sistema de atendimento de urgência e emergência em Curitiba, o secretário-geral do CRM-PR, conselheiro Luiz Ernesto Pujol, explicou como funciona a questão da vaga zero nessas situações. Assista aqui à reportagem. Em relato publicado em sua rede social, o conselheiro destacou também o papel de cada indivíduo, vacinado ou não, de manter as medidas sanitárias de higiene e distanciamento, de forma a evitar o agravamento ainda maior da pandemia. Leia abaixo:

"Todos os estudos e índices oficiais demonstram que a assistência à saúde, na atual fase da pandemia pelo novo coronavírus, encontra-se à beira do abismo. Por mais que os governos estaduais e municipais tenham se empenhado em suprir economicamente as necessidades do brutal aumento de casos de Covid-19, é assustador e lamentável o aumento de casos e de exigência de maiores áreas físicas para acolhimento dos doentes, mais leitos de enfermaria e de UTIs, mais insumos (lembremos do déficit de sedativos e miorrelaxantes para intubação) e, mais sério ainda, mais equipes com conhecimento especializado para o atendimento dos casos graves. 

O número desses elementos é finito, e a pandemia continua a se agravar. 

A vacina, esperança maior, tem chegado em número insuficiente de doses para a necessidade epidemiológica de sua ação. Resta, portanto, apelarmos para o papel cidadão de cada um de nós, ou seja, vacinados ou não, mantermos distanciamento social, estarmos em locais arejados, usarmos máscaras em locais públicos e efetuarmos higiene das mãos.

Essa notícia que transmito agora, não é novidade, porém, no momento em que a pandemia chegou, é um alerta necessário de ser feito, quem sabe até com uma conotação de catástrofe anunciada. E aí reside o problema: esse alerta dado por um simplório cidadão como eu, terá uma conotação muito maior, uma repercussão muito mais intensa e um impacto social muito mais extenso, se dito por uma autoridade como o Prefeito e como o Governador. 

Chegou a hora dessas autoridades irem a público e de uma forma firme, contundente, e do alto de suas representatividades claramente demonstrarem a falência do sistema público de saúde perante a pandemia, conclamando ao povo a absoluta necessidade de que os meios de prevenção da Covid-19 devem ser mantidos, agora mais que nunca."

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