Derivados da substância padecem de pesquisas que comprovem eficácia e segurança do uso terapêutico, ressaltaram
Representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniram com autoridades do Poder Executivo Federal para dar
andamento a pautas médicas. Em encontro, na quarta-feira (29), com o ministro da Cidadania Osmar Terra e com o secretário
de Cuidados e Prevenção às Drogas do ministério, Quirino Cordeiro, os diretores Emmanuel Fortes
e Alexandre Rodrigues defenderam cautela quanto à abordagem dada aos canabinoides e seu uso como medicamento por alguns
segmentos.
“A pressão pela liberação das drogas tem muitas estratégias e uma
delas é dizer que maconha é medicinal. Não é. Ela é nociva à saúde. Estamos
preocupados com esse desserviço prestado à sociedade por alguns veículos de comunicação
e por pessoas notórias”, alertou Fortes, que é 3º vice-presidente do CFM. Ele, que é
médico psiquiatra, entende que essa abordagem retira da população a noção de perigo, quebra
resistências e a expõe a riscos desnecessários, “visto que os derivados canabinoides ainda padecem
de pesquisas que comprovem eficácia e segurança do seu uso terapêutico”.
Por sua vez,
o conselheiro Alexandre Rodrigues, 2º vice-presidente, complementou que o CFM aprovou o uso do canabidiol compassivamente
e que qualquer outra manifestação contraria o que está estabelecido em resolução.
Inovação
Na quinta-feira (30), o 3º vice-presidente, Emmanuel Fortes, também
representou o CFM no lançamento da Câmara da Saúde 4.0 – uma ação prevista no Plano
Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações em 2019.
O projeto, que visa aprimorar a aplicação de Internet
das Coisas (IoT) na área da saúde, terá a participação de participação de
estados e municípios e será coordenado pelo Ministério da Saúde. Na cerimônia, os ministros
Marcos Pontes e Henrique Mandetta assinaram um acordo de cooperação técnica entre os dois ministérios.
FONTE: CFM