03/02/2020

No Ministério da Cidadania, diretores do CFM defendem cautela no uso de canabinoides

Derivados da substância padecem de pesquisas que comprovem eficácia e segurança do uso terapêutico, ressaltaram

Representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniram com autoridades do Poder Executivo Federal para dar andamento a pautas médicas. Em encontro, na quarta-feira (29), com o ministro da Cidadania Osmar Terra e com o secretário de Cuidados e Prevenção às Drogas do ministério, Quirino Cordeiro, os diretores Emmanuel Fortes e Alexandre Rodrigues defenderam cautela quanto à abordagem dada aos canabinoides e seu uso como medicamento por alguns segmentos.

“A pressão pela liberação das drogas tem muitas estratégias e uma delas é dizer que maconha é medicinal. Não é. Ela é nociva à saúde. Estamos preocupados com esse desserviço prestado à sociedade por alguns veículos de comunicação e por pessoas notórias”, alertou Fortes, que é 3º vice-presidente do CFM. Ele, que é médico psiquiatra, entende que essa abordagem retira da população a noção de perigo, quebra resistências e a expõe a riscos desnecessários, “visto que os derivados canabinoides ainda padecem de pesquisas que comprovem eficácia e segurança do seu uso terapêutico”.

Por sua vez, o conselheiro Alexandre Rodrigues, 2º vice-presidente, complementou que o CFM aprovou o uso do canabidiol compassivamente e que qualquer outra manifestação contraria o que está estabelecido em resolução.

Inovação

Na quinta-feira (30), o 3º vice-presidente, Emmanuel Fortes, também representou o CFM no lançamento da Câmara da Saúde 4.0 – uma ação prevista no Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em 2019. 

O projeto, que visa aprimorar a aplicação de Internet das Coisas (IoT) na área da saúde, terá a participação de participação de estados e municípios e será coordenado pelo Ministério da Saúde. Na cerimônia, os ministros Marcos Pontes e Henrique Mandetta assinaram um acordo de cooperação técnica entre os dois ministérios.

FONTE: CFM

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