clique para ampliarConselheira Maria Casemira Fernandes da Silva. (Foto: CRM-PR)

Representando as novas conselheiras da gestão 2023-2028 e as médicas paranaenses de modo geral, a cirurgiã geral Maria Casemira Fernandes da Silva gravou a sua mensagem alusiva ao Dia do Médico, neste 18 de outubro. Investida da função e coordenadora da Comissão de Qualificação Profissional do Conselho de Medicina do Paraná, a médica falou sobre a gratidão de compor o quadro conselhal e os desafios a serem enfrentados, bem como da ascensão e protagonismo da mulher na Medicina, que muito em breve as médicas serão maioria no Paraná – hoje elas representam 45,77%, mas em cidades como Curitiba já inverteram a condição.

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Formada pela Universidade Federal do Paraná e também já tendo sido professora em curso de formação médica, a Dra. Maria Casemira fez especial deferência aos pacientes e aos familiares dos profissionais; os primeiros pela confiança e os demais pela paciência e compreensão diante de uma atividade tão exigente e que impõe renúncias no convívio cotidiano. A conselheira fez referência à perseverança da mulher na carreira, eis que além de suprir suas responsabilidades na profissão de médica ainda precisa se desdobrar a outras funções, como as de esposa, mãe e avó. Ao final de sua mensagem, a conselheira dirige cumprimentos a todos os médicos pela passagem da data especial.

Do atual quadro de conselheiros eleitos e empossados no dia 1° de outubro fazem parte 11 mulheres médicas. Situação bem diferente da vivenciada pelo Conselho de Medicina do Paraná em seus primeiros anos. Embora tenha iniciado efetivamente as suas atividades há 65 anos (em 1958), quando da posse de diretoria provisória, o CRM-PR somente teve a sua primeira conselheira mulher na gestão de 1978 a 1983, quando foi investida da função a ginecologista e obstetra Helen Anne Butler Muralha.

A saga da mulher na Medicina no Paraná tem origem com Maria Falce de Macedo, que em 1914 ingressou na UFPR, tendo se tornado a primeira médica do Paraná, no final de 1919. A resistência era tanto, na época, que ela sequer conseguiu montar seu consultório, sendo levada a optar pela docência, com o que se transformou também na pioneira professora do único curso médico de então. Em abril de 1967, quase uma década depois de o CRM ter iniciado o registro obrigatório, somente 108 mulheres apareciam entre os mais de 2 mil profissionais (5,4% do total). A primeira a se inscrever foi a Dra. Vivian Albizi de Carvalho, que recebeu o número 58. O Paraná conta hoje com 35.912 médicos, sendo 16.439 mulheres. Curitiba tem 14.391 médicos, sendo 7.302 mulheres e 7.089 homens.