26/02/2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO - em respeito à Medicina e à sociedade

O Conselho Regional de Medicina do Paraná, diante da decisão judicial autorizando a abertura dos autos e a quebra de sigilo da investigação policial envolvendo uma das UTIs do Hospital Evangélico de Curitiba, vem a público informar que este órgão fiscalizador, tão logo tenha acesso ao conteúdo dos autos, vai dar andamento à sindicância já aberta e avaliar o caso com critério técnico, serenidade e imparcialidade, à luz da ética e da ciência. O trâmite no CRM-PR será em caráter sigiloso por força do Código de Processo Ético-Profissional, respeitando a confidencialidade dos dados dos pacientes e oportunizando a ampla defesa.


Este Conselho reitera que em nenhum momento recebeu denúncia envolvendo os fatos, inclusive das pessoas que ora se manifestam. Da mesma forma, não foi cientificado previamente e nem teve acesso à fase investigatória promovida pelas autoridades competentes, tendo tomado conhecimento do caso apenas através da versão veiculada pela imprensa.



Diante das circunstâncias atuais, o CRM-PR manifesta:





1) A preocupação com a condenação pública que se estabeleceu sem que, à luz do contraditório, os envolvidos sejam realmente avaliados e julgados por quem de direito;





2) A confiança no corpo clínico da instituição, que durante décadas luta pelo bem-estar de toda a sociedade paranaense;





3) A necessidade de se preservar a história do Hospital Evangélico de Curitiba, que é referência em diversas áreas, sendo fundamental sua participação, sobretudo, no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde de nosso Estado;





4) O respeito à classe médica que, apesar das adversidades e com sua postura ética, reafirma o compromisso com a vida no cotidiano de suas ações;





5) O respeito aos pacientes e seus familiares, de acordo com os preceitos do Código de Ética Médica; e





6) A necessidade de cautela e responsabilidade na divulgação dos fatos, evitando sensacionalismo e o estado de insegurança que possam incorrer em generalizações, reacender sofrimentos e comprometer a relação médico-paciente.





Alexandre Gustavo Bley - Presidente do CRM-PR

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