Inauguração em espaço do primeiro hospital de Curitiba ocorreu na segunda-feira (28) e foi prestigiada por representantes
das entidades médicas; houve homenagem ao diretor-fundador do Museu, o Dr. Ehrenfried Wittig, que nomeia uma das salas
clique para ampliarAlexandre Bley (e), João Carlos Baracho, José
Fernando Macedo, Nerlan Carvalho e esposa, Avelino Hass e Luiz Ernesto Pujol. (Foto: AMP)
O Paraná ganhou, na segunda-feira (28), o primeiro Museu
da História da Medicina. O espaço concretiza um antigo sonho da Associação Médica do Paraná, de tornar acessível à sociedade
o valioso acervo que coletou e catalogou durante as últimas cinco décadas, agora exposto na Santa Casa de Curitiba, o primeiro
hospital da cidade, inaugurado em 1880 por Dom Pedro II. Parceiras no projeto, as duas instituições vêm trabalhando há mais
de um ano na seleção dos documentos, peças, instrumentais e equipamentos que compõem a exposição.
A abertura oficial do museu foi feita pelo presidente da AMP,
Dr. Nerlan Carvalho, e por Dom João Bosco Óliver de Faria, provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
e arcebispo emérito de Diamantina (MG), seguida de uma bênção de Dom Pedro Fedalto, arcebispo emérito de Curitiba, que fez
menção ao novo espaço e também a todos aqueles que passaram pelo hospital ao longo da história.
O Museu da História da Medicina do Paraná é o primeiro do estado dedicado a contar
a história desta profissão que marcou a trajetória da nossa sociedade desde o século XIX. O acervo completo é formado por
mais de 35 mil peças. Um centro cirúrgico e um “pulmão de aço” de quase meia tonelada, inventado nos Estados Unidos em 1928
e utilizado em pacientes com insuficiência respiratória causada pela poliomielite, estão entre elas.
Para o Dr. Nerlan Carvalho, a história da medicina do Paraná estará vivenciada na mostra que agora
torna-se acessível à sociedade. “Assim como a moral nos ensina a praticar o bem e a estética nos ensina a apreciar o belo,
a história nos ensina a viver”, afirmou.
O presidente da AMP lembrou
que o Museu da História da Medicina do Paraná foi criado há 25 anos, funcionando em uma sala da associação, e destacou as
pessoas e as várias gestões da entidade que atuaram no projeto, em especial o Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, que foi seu idealizador
e responsável, desde 1970, pela captação e organização de todo o acervo agora exposto na Santa Casa.
O provedor da Santa Casa, Dom João Bosco Óliver de Faria, salientou a importância do resgate da memória
médica e cumprimentou as entidades parceiras “por esse grande feito, que resgata e traz à luz dos nossos olhos toda essa beleza
que ficou arquivada no curso da história”. O arcebispo afirmou que as novas gerações são muito voltadas para o futuro e existe
sempre o risco de se perder a referência com aqueles que construíram o passado e projetaram o presente. “E neste museu estará
todo esse caminhar de pioneiros, que trouxeram o que havia de melhor para a saúde e o bem-estar do povo de Curitiba e do Paraná”,
conclui
Homenagem ao idealizador Como homenagem ao inestimável trabalho realizado,
Dr. Wittig, que é diretor de Museu da AMP, empresta seu nome a uma das salas do local. “Com o espaço hoje aberto as novas
gerações de médicos e demais profissionais da saúde poderão entender o quanto e como os colegas de antigamente evoluíram para
que eles tivessem as ferramentas e oportunidades que têm atualmente”, avaliou. Professor aposentado da Universidade Federal
do Paraná, onde se graduou em dezembro de 1961. Conselheiro do CRM-PR por mais de 25 anos, o Dr. Wittig foi editor-fundador
da Revista Arquivos, em 1984, inserindo a cada edição um capítulo sobre a história do Museu da Medicina e seu acervo. Prédio histórico
Sede do Museu, o prédio histórico da Santa Casa foi
o primeiro e, por muitos anos, o único hospital de Curitiba, além de ter funcionado como hospital-escola para a Universidade
Federal do Paraná até a construção do Hospital de Clínicas, na década de 60.
O prédio também abriga uma área preservada pelo patrimônio
histórico e que recentemente foi restaurada, mantendo fielmente a estrutura que tinha na época de sua fundação. Entre esses
espaços, que poderão ser conhecidos pelos visitantes, estão a farmácia, com armários e frascos de medicamentos ainda lacrados,
a capela, o sótão e o primeiro elevador da cidade. Os visitantes conhecerão, ainda, um pouco mais da história da cidade e de figuras ilustres como a dos médicos
José Cândido da Silva Murici, Victor Ferreira do Amaral, Nilo Cairo e do farmacêutico André de Barros, que hoje dão nome a
importantes vias de Curitiba. Presenças
A solenidade contou a presença do senador eleito Flávio
Arns; de Vinicius Filipak, diretor de Política de Urgência e Emergência do Paraná, representando o secretário de Estado da
Saúde, Carlos Alberto Preto; Tania Maria dos Santos Pires, superintendente de gestão da Secretaria Municipal da Saúde, que
representou a secretária da pasta, Marcia Huçulak; Dr. José Fernando Macedo, tesoureiro da AMP; Dr. João Carlos Baracho, secretário-geral;
Dr. Luiz Ernesto Pujol, secretário-geral do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR); Alexandre Gustavo Bley, diretor
de Mercado e Comunicação da Unimed Paraná; Avelino Ricardo Hass, presidente da Academia Paranaense de Medicina; monsenhor
Antonio Robson Gonçalves, membro titular do Conselho de Administração da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba:
Gláucio Geara, presidente da Associação Comercial do Paraná; a deputada federal Leandre Dal Ponte, a vereadora Maria Letícia
Fagundes e o ex-ministro da Saúde, Alceni Guerra, entre outros convidados. Visitações As visitações começam nesta terça-feira, dia 29, e o funcionamento será de segunda a sábado, das 10h às 19h.
Para visitas em grupos é necessário agendamento prévio pelo telefone (41) 3320-3502 ou por e-mail museu@santacasacuritiba.com.br.