17/10/2019
Mudanças no Código de Ética Médica debatidas com cooperados da Unimed Curitiba
Presidente do CRM-PR, Roberto Yosida, e assessor jurídico Martim Afonso Palma foram os palestrantes; evento ocorreu na noite de 9 último
A Unimed Curitiba promoveu no dia 9 de outubro uma palestra sobre o novo Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM). Roberto Issamu Yosida, médico cooperado, atual presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e conselheiro do CRM-PR desde 2008, e Martim Afonso Palma, advogado no Setor Jurídico do CRM-PR, membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PR e fundador da Comissão de Direito da OAB, foram os palestrantes.
Pesltrantes com os cooperados da Unimed Curitiba.
(Foto: Unimed)Durante o evento, foram apresentadas as principais mudanças do novo código, relacionados a assuntos como preservação do sigilo profissional na relação entre médico e paciente, o direito de o médico exercer a profissão de acordo com sua consciência e respeito à autonomia do paciente até mesmo na fase da terminalidade da vida. Os temas abordados pelo documento são essenciais para o exercício da medicina, já que estabelecem os limites, compromissos e direitos assumidos pelos médicos.
O Dr. Roberto Yosida explicou que o código foi reformulado por conta das evoluções tecnológicas e das necessidades da sociedade. Algumas alterações envolvem tópicos como tecnologia, relacionamento e autonomia do médico. Segundo ele, os assuntos são importantes no cotidiano dos cooperados e também para a cooperativa. “O conselho tem feito um esforço grande para participar desse tipo de evento para que a ética esteja presente no dia a dia e realmente seja incorporada pelas pessoas”, destacou.
Martim Palma salientou que as alterações promovem mais autonomia. Os hospitais, por exemplo, ao receber uma requisição judicial de prontuário médico podem enviar o documento diretamente ao juiz, pois não existe mais a necessidade de passar pelo perito. Isso garante o sigilo do conteúdo. Outra mudança importante foi a obrigatoriedade de inserir o número do Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na publicidade médica caso o profissional se apresente como especialista de alguma área. “O código novo prevê ainda o respeito ao médico com deficiência física. É um avanço, pois o médico com deficiência física poderá exercer a profissão dentro dos seus limites, desde que não cause prejuízo aos pacientes”, acrescentou.