19/01/2021
Dr. Paulo Afonso Pires Ferreira (CRM-PR 5.530) era especialista em clínica médica; tinha 73 anos de idade e 44 de atividade médica. Doença já matou 70 pessoas no município do Noroeste do Estado
O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento de mais um médico decorrente de complicações pela Covid-19. O Dr. Paulo Afonso Pires Ferreira (CRM-PR 5.530) estava internado desde o início de janeiro no Hospital Cemil, em Umuarama e sua morte foi confirmada na tarde de domingo (17). Com 73 anos de idade e 44 de atividade, ele é o 34.º médico a falecer no Paraná por causa da doença, o primeiro de Umuarama, no Noroeste Paranaense, que assim registra 70 óbitos em meio a 6.273 diagnósticos positivos para o novo coronavírus.
O Dr. Paulo Afonso era natural de Campo Maior, município do Piauí onde nasceu em 29 de novembro de 1947. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Petrópolis, em dezembro de 1976, tendo obtido título em clínica médica. Registrou-se no Conselho de Medicina do Paraná em setembro de 1977, tendo residido em Curitiba e atuado em vários municípios do Estado. Era diretor técnico e clínico da Uniclínica Pires Ferreira, que prestava serviços em Umuarama e Mariluz. Ainda era diretor da empresa Clinicenter, com sede em Goioerê.
O CRM-PR manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos do Dr. Paulo Afonso, que teve a cerimônia de despedida na segunda-feira (18), em Maringá. O corpo foi cremado. O presidente da Associação Médica de Umuarama (AMU), Dr. Fábio de Carvalho, também emitiu nota de pesar: “A Classe Médica está em luto pela perda do pioneiro médico Dr. Paulo Pires, companheiro estimado que perdeu a luta contra a Covid-19. A esperança com o início da vacinação é que não tenhamos mais vidas preciosas ceifadas. Como do nosso caríssimo colega. Nossos sentimentos a família e amigos.”
A prefeitura municipal de Umuarama também comunicou, com grande pesar, “o falecimento do médico Paulo Afonso Pires Ferreira, clínico geral que por anos prestou serviços à Secretaria Municipal de Saúde, por meio de empresas terceirizadas. Ele tinha 73 anos e morreu neste final de semana. Nos últimos tempos, atuava nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Jardim Cruzeiro e Bem-Estar, onde era muito querido pela dedicação aos pacientes, e também na Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf).”
O prefeito de Umuarama, Celso Pozzobom manifestou-se consternado e dirigiu suas “sinceras condolências à grande legião de amigos e aos familiares do médico, muito querido na cidade, em nome de todo o funcionalismo público municipal, e deseja que todos encontrem em Deus o consolo para este momento tão difícil.”
CONFIRA NOTÍCIA SOBRE MÉDICOS FALECIDOS NO PARANÁ POR CAUSA DA COVID-19.
Relatório da Covid-19 na cidade
Com a morte de um médico de 73 anos, bem conhecido na cidade que estava internado no Hospital Cemil, atribuída a complicações em decorrência da Covid-19, no final de semana, Umuarama atingiu a triste marca de 70 vítimas da doença desde o primeiro caso registrado em 27 de março de 2020. O primeiro óbito ocorreu em 29 de abril do ano passado. Nesta segunda-feira, 18, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou mais 50 casos positivos, sendo 28 mulheres e 22 homens.
Com isso, a cidade tem agora 6.273 diagnósticos positivos para a doença. Desse total, 2.637 pessoas seguem em isolamento domiciliar e 30 estão hospitalizadas, 12 delas em unidades de terapia intensiva e 18 em enfermarias. Por conta da regulação de leitos feita pelo Estado, também há pacientes de Umuarama em hospitais de Cianorte e Goioerê. Outras 3.548 pessoas que tiveram Covid-19 se recuperaram e há ainda 1.959 umuaramenses com suspeita de infecção pelo coronavírus, dois deles internados e os demais em isolamento.
Dos 26 leitos autorizados pelo Sistema Único de Saúde para pacientes de Umuarama e região, nos hospitais locais, 25 estavam ocupados nesta segunda-feira (96,15%). Já nas enfermarias, a taxa de ocupação era de 76,3%, com pacientes internados em 29 dos 38 leitos ofertados pelo SUS. As notificações de síndromes gripais somam 16.795 desde o início da pandemia, das quais 8.563 foram descartadas para coronavírus.