16/09/2008

Mortalidade infantil mundial cai 27% desde 1990, diz Unicef

Entidade disse também que 9,2 mi de crianças com menos de 5 anos morreram no ano passado em todo mundo


O número de mortes de crianças com menos de cinco anos de idade no mundo caiu 27% desde 1990, informou nesta sexta-feira, 12, Miranda Eeles, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Genebra. A porta-voz atribuiu a queda ao aumento na proporção de aleitamento materno, ao uso de suplementos de vitamina A, à evolução das vacinas contra o sarampo, ao uso de redes contra mosquitos e à prevenção contra a disseminação da aids.

Miranda disse a jornalistas que 9,2 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram no ano passado em todo o mundo. Ainda assim, prosseguiu a porta-voz, foi registrada melhora da situação em todas as regiões do globo, inclusive na África subsaariana, onde ocorre a maior parte das mortes.

Segundo dados divulgados hoje pelo Unicef, em 2007 a taxa de mortalidade infantil caiu para 68 mortes para cada mil nascimentos vivos, frente às 93 mortes que se registravam em 1990.

Nos países industrializados, a taxa de mortalidade infantil é de seis crianças para cada mil nascimentos.
Em 1990, morreram no mundo 12,7 milhões de crianças menores de cinco anos, número que desceu para 9,2 milhões em 2007.

"Desde 1960, a taxa global de mortalidade infantil caiu mais de 60%, e os dados indicam que essa tendência continua. Mas ainda há muito a fazer", assinalou a diretora-executiva do Unicef, Ann M. Veneman, em comunicado.

A principal causa da mortalidade dos menores de 5 anos é a desnutrição, e um terço de todos as mortes se devem em parte a ela.

Cerca de 148 milhões de crianças sofrem de desnutrição nos países em desenvolvimento, segundo o Unicef.
A África é o continente com as maiores taxas de mortalidade infantil, e Serra Leoa é o país com mais mortes, 262 crianças para cada mil nascimentos.

A organização britânica 'Salvem as Crianças' qualificou os novos dados como "boa notícia". No entanto, a presidente da entidade, Jasmine Whitbread, chamou a atenção para a possibilidade de a elevação do preço dos alimentos e as mudanças climáticas reverterem esse quadro.


Agência Estado

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