Um dos mais premiados pesquisadores de câncer do Brasil e responsável por impulsionar a entrada do país na era da Medicina
por DNA morreu vítima de infarto na noite do dia 29 de novembro, aos 74 anos.
Ricardo Renzo Brentani nasceu na Itália e veio para o Brasil com apenas um ano de vida. Formou-se em Medicina pela USP
em 1962, especializou-se em oncologia e fez seu doutorado, em bioquímica, na mesma universidade, onde se tornou professor
na década de 1980.
A partir de 1999, liderou um grupo de pesquisadores brasileiros no Projeto Genoma do Câncer Humano, cujo objetivo era
mapear as características genéticas dos principais tipos de tumores que afetam a população do Brasil. Ele dirigiu durante
um longo período o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer de São Paulo e foi o primeiro professor titular da disciplina
de oncologia em uma universidade brasileira. Brentani idealizou e implantou o primeiro curso de pós-graduação em um hospital
privado brasileiro, o Hospital do Câncer A.C. Camargo.
Seu interesse pelos mistérios da biologia molecular também o levaram a estudar os príons, as proteínas que causam o mal
da vaca louca, mas que, em sua versão normal, também são essenciais para o funcionamento do cérebro. Ao longo da carreira,
Brentani teve mais de 300 trabalhos publicados em periódicos importantes, como Nature e Science.
Além de cientista, era professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, presidente da Fundação
Antônio Prudente, que mantém o Hospital A.C. Camargo, coordenador do Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do
Câncer e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Fontes:
href="http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1014128-morre-ricardo-brentani-pioneiro-da-medicina-por-dna-no-brasil.shtml"
target="_blank">Folha de São Paulo e
href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-11-30/morre-cientista-ricardo-renzo-brentani-um-dos-mais-premiados-pesquisadores-de-cancer-no-brasil"
target="_blank">Agência Brasil.