15/06/2009
Morre o ex-secretário estadual Goyá Campos
O ex-secretário de Justiça do governo Requião, o advogado Goyá Campos, foi sepultado no último sábado (13), às 11 horas, no
Cemitério Municipal. Ele morreu sexta-feira (12), aos 80 anos, vítima de fibrose pulmonar. Amigos e parentes acompanharam
o velório no Palácio das Araucárias. O governador Roberto Requião (PMDB) decretou luto oficial de três dias.
Campos era tido pelos amigos e pessoas que acompanharam sua trajetória na vida pública como uma pessoa simples, competente
e que não cultivava inimigos políticos, embora tenha militado no PMDB e se posicionado de forma marcante no grupo político
do governador.
O assessor especial de Requião, Nizan Pereira, militou ao lado de Campos nos últimos 35 anos e ambos integravam atualmente
o Conselho Penitenciário do Paraná. "Tivemos uma relação política e fraterna, sempre estivemos do mesmo lado. Era um homem
simples que ocupou diversos cargos na administração pública, mas que poderia ser encontrado a cada minuto nas ruas da cidade.
Quadros como ele dificilmente aparecem na política, tanto é que ele era amigo de todos", afirmou Pereira.
O deputado estadual Caito Quintana (PMDB), que era chefe da Casa Civil de Requião e também conviveu com Goyá, definiu
o ex-secretário como um advogado muito capaz, conceituado e sério.
Além do trabalho no governo, Quintana lembra que ele atuou em muitas causas políticas porque era especializado em direito
eleitoral e sempre teve a confiança das pessoas no meio. "Ele era boa gente, um grande amigo, até os adversários gostavam
dele", disse o deputado.
O governador Roberto Requião divulgou nota oficial declarando que perdeu um grande companheiro. "Por um longo tempo caminhamos
juntos em defesa dos interesses paranaenses, da justiça e da administração pública. Lamento profundamente a morte do Goyá.
Esperava vê-lo ainda por muitos anos ao nosso lado, já que foi um advogado brilhante e um servidor público extremamente dedicado",
afirmou Requião.
Goyá Campos foi secretário estadual de 1991 a 1993, mas antes disso foi procurador-geral do município de Curitiba, de
1986 a 1989, quando Requião era prefeito. Atualmente, estava aposentado do cargo de auditor do Tribunal de Contas do Estado.
Ele já não atuava mais como advogado e passava a maior parte do tempo em casa, com a família.
A única filha de Campos, a médica Marília Cristina Milano Campos, conta que o pai estava com problemas pulmonares há seis
meses, mas o estado de saúde se agravou nos últimos 15 dias e a morte ontem, de forma súbita, foi inesperada. "Vai ser uma
falta que nunca vamos conseguir preencher nas nossas vidas. Foi um profissional admirado, as pessoas paravam para cumprimentá-lo
e abraçá-lo. Era muito festejado porque sempre teve uma conduta constante de respeito e dignidade em relação a todos. Como
pai, a grande lembrança que vamos guardar dele é a presença, a preocupação, o apoio. Ele ajudava em tudo que a gente precisava,
aconselhava, resolvia. O grande amor da vida dele era a neta, minha filha de 14 anos", disse Marília.
Além da filha e da neta, Campos deixa a viúva Ildahyr Milano Campos.
Fonte: Gazeta do Povo