Mesmo assim, compra do medicamento não será possível em farmácias. Presidente do Conselho Nacional de Saúde estimou aumento
de mortes.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, disse nesta quarta-feira (5) que o protocolo
de combate à nova gripe deve ser alterado até o final do dia para incluir a autorização para que médicos particulares, por
exemplo, possam receitar o Tamiflu - medicamento contra o vírus A(H1N1) - em casos mais graves. Ele participou de um seminário
sobre o SUS em Brasília.
Mesmo com a flexibilização, a compra do fosfato de oseltamivir - nome da substância do antigripal - em drogarias não será
possível. Na segunda, o ministro justificou a concentração do medicamento nos serviços públicos como medida para evitar uma
"corrida às farmácias."
No mesmo evento, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista, estimou um aumento de mortes por
conta da gripe nos próximos quatro ou seis meses -quando, segundo ele, haverá um refluxo na propagação da doença.
"Na avaliação nossa, vamos passar um bom período, por volta de quatro a seis meses, com crescimento inclusive na morbidade
e nos casos de contaminação. Isso não significa que a mortalidade alcance os níveis de países mais desenvolvidos que o nosso",
disse.
O CNS é um órgão consultivo de controle social. De acordo com o ministério, o que se tem observado é que a transmissão
majoritariamente se dá no inverno, diminuindo significativamente no final da estação.
Protocolo
A alteração no protocolo havia sido discutida em uma reunião em Brasília na segunda-feira (3). Na terça (4), o ministro
José Gomes Temporão disse que a mudança seria feita a pedido de sociedades médicas e especialistas.
Segundo Beltrame, pessoas que não se enquadrarem nos casos previstos de gravidade no protocolo e que tiverem indicação
médica poderão, de posse de uma receita, pegar o medicamento em um centro de distribuição montado por estados e municípios.
Atualmente, o protocolo do ministério recomenda o uso do medicamento para casos graves, para aqueles com sinais de agravamento
ou de risco.
O médico vai se responsabilizar pela indicação e as secretarias de saúde, pelo fornecimento. A ideia do ministério é criar
um modelo de receituário específico para o Tamiflu, para ter controle sobre a saída do remédio.
Fonte: Clique
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