27/04/2007

Ministério da Saúde lança seis protocolos para notificação e diagnóstico de acidentes de trabalho

O Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (27), seis protocolos de atenção integral à Saúde do Trabalhador. Os documentos irão orientar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o diagnóstico, tratamento e notificação de acidentes de trabalho, exposição a chumbo metálico e benzeno, Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair), pneumoconioses (Pneumopatia devida à inalação de pó ou poeira) e dermatoses ocupacionais. O evento marca o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho - "Dia 28 de abril". Em todo o mundo, a data lembra o outro lado do trabalho: o que pode acidentar, incapacitar e matar.

Na ocasião, também será discutida a segurança e a saúde dos trabalhadores frente ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa prevê a destinação de R$ 503,9 bilhões até 2010 para estimular o crédito e o financiamento de obras, aperfeiçoar o marco regulatório e baixar impostos do setor. Estarão presentes aos debates representantes da Casa Civil da Presidência da República, dos ministérios da Previdência Social, da Saúde e do Trabalho e Emprego e da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador do Conselho Nacional de Saúde.

De acordo com o coordenador da Área Técnica de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Marco Pérez, um dos problemas para se dimensionem os acidentes de trabalho no Brasil é a subnotificação nos serviços de saúde. "Os profissionais de saúde fazem o diagnóstico da doença e indicam o tratamento, mas não relacionam com as atividades profissionais dessas pessoas. O objetivo dos protocolos é instruir os trabalhadores do SUS a reconhecerem as doenças e os agravos causados durante o trabalho", afirmou Perez.

Em todo o mundo, anualmente, cerca de dois milhões de trabalhadores perdem suas vidas no trabalho. No Brasil, os números apontam para 2.708 mortes em 2005 ¿ uma a cada três horas de trabalho ou sete por dia. Outros 491.711 brasileiros se acidentaram no mesmo período. No entanto, as estatísticas se restringem aos casos ocorridos com trabalhadores segurados pela Previdência Social, com direito ao seguro de acidentes de trabalho, o que representa apenas 35% da População Economicamente Ativa (PEA). Os acidentes mais comuns durante o trabalho são: ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento.


Atenção ao trabalhador

O Ministério da Saúde desenvolve uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, incluindo a assistência às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, em todos os níveis do SUS. As ações visam também à promoção de ambientes saudáveis, à vigilância dos locais de trabalho e ao desenvolvimento de estudos e pesquisas na área.

Entre as estratégias dessa política, está a Rede Nacional de Atenção Integral em Saúde do Trabalhador (Renast). Hoje a Rede conta com 150 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Os Cerest funcionam como uma ferramenta estratégica para a disseminação das práticas em Saúde do Trabalhador no SUS, a partir da explicação da relação entre o trabalho e o processo saúde/doença.


Entre as estratégias dessa política, está a Rede Nacional de Atenção Integral em Saúde do Trabalhador (Renast). Hoje a Rede conta com 150 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Os Cerest funcionam como uma ferramenta estratégica para a disseminação das práticas em Saúde do Trabalhador no SUS, a partir da explicação da relação entre o trabalho e o processo saúde/doença.

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo.
    * campos obrigatórios

    Comunicar Erro

    Verifique os campos abaixo.

    * campos obrigatórios