16/07/2021
Dezenove premiados foram selecionados entre 1.471 participantes em ações na atenção primária. Experiências focaram nos eixos de vigilância, cuidado, comunicação, suporte a grupos vulneráveis e continuidade no atendimento
A pandemia de Covid-19 trouxe desafios a serem enfrentados por todo o sistema de saúde mundial. Na Atenção Primária (APS) não foi diferente. Para enfrentar as dificuldades, as equipes tiveram de se reinventar, provar sua capacidade de organização e superação. Em reconhecimento às boas práticas realizadas neste período, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS) realizaram, na manhã desta sexta-feira (16), uma cerimônia de reconhecimento público de 19 práticas que foram selecionadas como de excelência por cumprir com os atributos da APS e apoiar o sistema de saúde no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Ao todo, 1.431 experiências participaram do projeto APS Forte. Outras 261 foram consideradas ótimas e receberam menção honrosa. Em um vídeo exibido no evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, parabenizou os profissionais que trabalharam além das expectativas e garantiram à população atendimentos dignos, seguros e de qualidade na atenção primária.
"Pensando nesses profissionais - médicos como eu, enfermeiros, técnicos e outros membros das equipes de saúde - o Ministério e a OPAS juntaram forças para reconhecer essas experiências", disse.
Segundo Queiroga, o reconhecimento do trabalho é valioso para os profissionais, que lutaram com garra na linha de frente, e para os pacientes, que sabem que estão protegidos quando buscam atendimento em uma unidade de saúde. "Temos que respeitar e valorizar o trabalho desses milhares de profissionais com diversos públicos, em diversos formatos. Muitos criaram alternativas de teleatendimento, de monitoramento clínico a distância e aprimoraram a testagem de pacientes com suspeita de Covid-19", afirmou o ministro.
A representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, parabenizou as equipes que inovaram ao exercer funções essenciais à saúde pública. As experiências focaram principalmente nos eixos de vigilância; cuidado; comunicação; suporte a grupos vulneráveis; e continuidade no atendimento.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) mostra sua força ao atender cerca de 5.570 municípios brasileiros. A primeira coisa que precisamos reconhecer neste evento é que as equipes superaram obstáculos. Segundo, que trouxeram o melhor que temos: nossos recursos humanos. E, por fim, inovaram. Por vezes a palavra inovação é associada a invenção de medicamentos e vacinas, mas a verdadeira inovação é a que vem a servir às nossas comunidades", disse Socorro Gross.
Para ela, as 19 experiências premiadas se destacaram dentre tantas por contarem com profissionais, coordenadores, gestores do SUS e equipes de saúde da família engajados em contribuir para prevenir, proteger e cuidar de pessoas mesmo em tempos tão difíceis.
O secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Raphael Câmara, reforçou que a atenção primária é o foco prioritário da gestão do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Marcelo Queiroga. "Prova disso é que a SAPS foi criada pelo presidente Bolsonaro para fortalecer ao máximo à APS. Em nenhum momento a atenção primária do Brasil entrou em colapso nem mesmo durante a pandemia. As unidades básicas de saúde continuaram atuantes e atendendo à comunidade", disse o secretário.
Também participaram do evento a diretora do Departamento da Estratégia Saúde da Família, Renata de Oliveira Costa; o assessor técnico e representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); e o diretor e representante do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Hisham Mohamad Hamida.
APS Forte
Essa foi a 2ª edição do evento APS Forte, que no último ano reconheceu 11 experiências de excelência. Para fins didáticos, às 19 experiências de destaque foram divididas em cinco categorias temáticas, são elas:
• Gestão e a organização dos
serviços de APS para o cuidado e resposta à Covid-19;
• Continuidade dos Serviço Essenciais da APS;
• Prevenção e Utilização de ferramentas de Comunicação
na APS;
• Vigilância em Saúde
e Monitoramento dos Usuários;
•
Ações voltadas para proteção de grupos vulnerabilizados.
O primeiro nível de atenção à saúde é o serviço mais capilarizado da rede. As ações da APS resolvem pelo menos 80% dos problemas de saúde das pessoas. No governo federal é tratado como prioridade. Até junho de 2021, a União já destinou R$ 17 bilhões para a área. O repasse é continuação do trabalho realizado desde o início da gestão Bolsonaro que investiu R$ 24,4 bilhões em 2020 e R$23,3 bilhões em 2019.
Na APS, é possível, por exemplo, identificar precocemente os casos suspeitos de Covid-19, resolver grande parte dos casos da infecção que apresentam curso leve e inibir a ida desnecessária das pessoas a serviços de urgência e hospitais.
Fonte: Ministério da Saúde.