27/04/2020
Ministério da Saúde atualiza protocolo de manejo clínico da COVID-19
Documento traz diversas orientações aos serviços de saúde ligados ao SUS e aos profissionais que estão na linha frente de
combate à pandemia
O Ministério da Saúde atualizou o protocolo
de manejo clínico da COVID-19 na atenção especializada (acesse o documento aqui). O material traz importantes orientações aos serviços
de saúde ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no que se refere a identificação, notificação
e manejo de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus.
Entre os objetivos específicos do documento, estão a atualização
dos serviços com base em evidências técnicas e científicas sobre o tema; a orientação
dos profissionais de saúde quanto ao manejo clínico; e a apresentação de fluxos de manejo clínico e operacional com ênfase nos
serviços de atenção especializada (urgência e emergência hospitalar
e não hospitalar).
Perfil
clínico
Em relação
às características gerais da infecção pelo SARS-CoV-2, o protocolo reitera que o perfil clínico
da doença ainda não está completamente estabelecido, sendo necessários mais investigações
e tempo de estudo. Dessa forma, a avaliação clínica e tratamento devem seguir, neste momento, as definições
de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, de acordo com o Protocolo de Influenza do Ministério
da Saúde (2017).
Entre os grupos
considerados de risco, foram elencados grávidas em qualquer idade gestacional; puérperas até duas semanas;
adultos acima de 60 anos; crianças menores de cinco anos (especialmente as menores de seis meses de idade); população
indígena; indivíduos com pneumopatias; pacientes com hipertensão
arterial sistêmica; indivíduos com transtornos neurológicos ou do desenvolvimento (como disfunção
cognitiva, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down); obesidade; entre outros.
Manejo clínico
O protocolo atualiza os procedimentos e orientações relativas ao manejo
clínico dos pacientes com síndrome respiratória pelo novo coronavírus. São explicitados
os protocolos relativos à terapia e monitoramento precoces de suporte; ao tratamento da Insuficiência Respiratória
Hipoxêmica e da Síndrome Respiratória Aguda Grave; e ao gerenciamento do choque séptico.
Além disso, são apresentados quadros
de intervenções para a prevenção de complicações, como a redução do
período de ventilação mecânica invasiva, a minimização da ocorrência
de úlceras de decúbito e a redução da incidência de doenças relacionadas à
permanência em UTI.
Por fim, o material
traz considerações relativas a pacientes gestantes diagnosticadas com COVID-19. Considerando que até
o momento não há evidências científicas que indiquem manejo diferenciado para essas pacientes,
o protocolo recomenda que sejam consideradas na avaliação clínica a idade gestacional, condição
materna e viabilidade fetal.
Prevenção
e controle
O protocolo orienta
ainda que os serviços de saúde adotem as medidas de prevenção e controle estabelecidos pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Nota Técnica nº 4/2020. Acesse o Protocolo de Manejo Clínico
do MS aqui.