18/03/2010
Ministério da Saúde atende duas reivindicações das entidades médicas brasileiras
Os médicos brasileiros conquistaram duas importantes vitórias nesta quarta-feira (17) junto ao Ministério da Saúde. Durante
audiência realizada em seu gabinete, em Brasília, o ministro José Gomes Temporão acatou duas reivindicações encaminhadas pelas
entidades médicas - Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos
(Fenam).
As decisões atendem aos anseios da categoria e reforçam a importância do segmento na adoção de políticas públicas
que têm impacto direto na assistência à população.
Na reunião, da qual participaram o presidente do CFM, Roberto Luiz d Avila, o 2º vice-presidente da entidade, Aloísio
Tibiriçá Miranda, e o diretor de comunicação da AMB, Elias Fernando Miziara, o ministro assumiu o compromisso de convidar
representantes das entidades médicas para participar de dois grupos de trabalho. O primeiro cuidará de definir os critérios
e os parâmetros para a criação de uma carreira nacional de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O tema vai ao encontro do interesse dos médicos brasileiros, já que eles acompanham as discussões que têm sido desenvolvidas
no âmbito do Congresso em torno de um projeto - de autoria dos deputados Eleuses Paiva (DEM-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Inclusive, o assunto ocupou espaço de destaque na programação do I Encontro Nacional de Conselhos de Medicina, realizado no
início de março, em Florianópolis, e é uma das prioridades na agenda da Comissão Nacional Pró-SUS - Remuneração e Mercado
de Trabalho do Médico.
O outro compromisso assumido pelo ministro da Saúde - que na oportunidade esteve acompanhado pelos secretários de Atenção
à Saúde, Alberto Beltrame, e de Gestão do Trabalho em Saúde, Francisco Campos - foi o de incluir representantes das entidades
médicas nos grupos que estabelecem os protocolos e as diretrizes assistenciais para o SUS.
"Este encontro foi produtivo para a categoria médica e acena com respostas do Executivo a problemas reais percebidos no
dia a dia. É o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde de que não se pode discutir questões tão sensíveis, como mudanças
na área de recursos humanos e nos fluxos de assistência, sem ouvir aqueles que fazem o atendimento nos ambulatórios e hospitais.
Esperamos que esse diálogo se mantenha", pontuou o presidente Roberto Luiz d Avila.
Fonte: CFM