Curitiba tem um dos melhores sistemas de urgência e emergência do Brasil. A cidade apresenta os serviços móveis pré-hospitalares,
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), gerenciando
a estrutura por contato telefônico.
A capital ainda conta com oito unidades de média complexidade, distribuídas em toda a cidade. São esses Centros Municipais
de Urgência e Emergência que levam aos hospitais de referência. O protocolo de Manchester, para acolhimento dos pacientes,
prioriza os atendimentos aplicados pela enfermagem.
Os hospitais de referência recebem os pacientes já previamente atendidos e com gerenciamento do gestor municipal. Atualmente,
e eventualmente, os hospitais atendem pessoas doentes que chegam ali direto. No Hospital de Clínicas, há casos de médicos
fazendo classificação de risco. Se caracterizado risco de vida imediato, o atendimento é priorizado. Caso contrário, as pessoas
são encaminhadas às unidades de média complexidade.
Há necessidade de valorização desses profissionais com plano de cargos e salários condizentes com suas atividades, pois
hoje são mal pagos. Também é preciso que deem continuidade à formação médica. Esta é a área na qual a formação do profissional
é mais exigida, pois ou o médico tem atitude, conhecimento e condições para definir procedimentos, ou o estado dos pacientes
se agrava. Por isso é extremamente importante capacitar, criar vínculo de continuidade e remunerar bem o profissional nesses
serviços, um dos mais estressantes na saúde.
Artigo escrito por Eduardo Lourenço, especialista em Clínica Médica e Cardiologia, com atuação em Medicina de Urgência
e Emergência, e publicado no jornal Gazeta do Povo.