18/12/2006
Médicos residentes recebem reajuste após período em greve
A aprovação, no Senado, do projeto de lei que reajusta em 30% a bolsa-auxílio dos médicos residentes pôs fim à greve nacional
da categoria, que chegava a mais de 20 dias em alguns estados. Os residentes do Hospital de Clínicas (HC) e do Evangélico,
em Curitiba, e do Hospital Universitário (HU), de Londrina, reiniciaram as atividades normais no final de novembro, após decidirem,
em assembléia, encerrar a greve.
Alegando não receberem reajuste na bolsa de R$ 1.470,00 desde 2001, os médicos residentes iniciaram, em agosto, uma manifestação
nacional para pressionar o legislativo a aprovar rapidamente o projeto de lei, reivindicando 50% de correção. O movimento
ganhou força no início de novembro, quando o projeto chegou à pauta do Senado, culminando com a greve nacional. A greve contou
com a adesão de 10 mil médicos residentes de 19 estados. O Paraná foi o último a integrar o movimento. Em Curitiba, parte
dos 235 residentes do Hospital de Clínicas e dos 138 do Evangélico aderiram à greve, mas sem deixar de prestar os serviços
essenciais e de emergência.
Após aprovação pela Câmara e pelo Senado, o projeto segue agora para sanção presidencial. Com o reajuste, que deve vigorar
a partir de 1.º de janeiro de 2007, a bolsa-auxílio vai para cerca de R$ 1.916,00. Entretanto, eles seguem reivindicando melhorias
nas condições de trabalho e respeito à jornada de 60 horas semanais, como prevê a legislação. Dados do Conselho Federal de
Medicina apontam que, em alguns hospitais onde há programas de residência médica, 70% do atendimento é feito por residentes.