13/12/2007
Médicos querem receber por plantão a distância
A Associação Médica de Londrina (AML) está encabeçando um movimento para que os profissionais passem a receber pagamento
pelos plantões a distância, modalidade que dispensa a presença do médico no hospital durante o período contratado, mas exige
disponibilidade para atendimento imediato no caso de necessidade. Hoje, o profissional só é remunerado quando é acionado.
De acordo com o secretário geral da AML, Rubens Martins Junior, o Conselho Regional de Medicina (CRM) divulgou normativas
determinando a necessidade de pagamento. Segundo ele, a posição da entidade é de diálogo. ''Quero deixar claro que é um direito
dos médicos e estamos buscando uma solução para evitar a paralisação'', declarou. Martins disse que se os plantonistas deixarem
de atender em alguns hospitais, a consequência seria o inchaço dos setores de outras instituições.
A primeira reunião entre AML, CRM, Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná e dos hospitais foi na semana passada. A
expectativa é que a situação seja resolvida nos próximos 90 dias. ''Queremos negociar essa situação de maneira bastante tranquila'',
acrescentou Martins.
A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pela gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) em Londrina. Para a secretária
Marlene Zucoli, a solução depende de acordo entre os profissionais, o poder público e os convênios particulares, uma vez que
o plantonista fica à disposição para atender tanto ao SUS quanto aos privados.
Uma possível solução, segundo ela, é firmar convênios extras para que os hospitais possam bancar o pagamento dos plantões
aos médicos. ''Da parte do município, estamos dispostos a negociar. A conversa até agora foi promissora'', disse.
Hoje, o repasse mensal dos plantões feito pelo SUS para os hospitais é realizado de acordo com o índice de atendimento
de cada instituição. O valor médio pago por consulta é de R$ 40,00, mais o procedimento, como cirurgias.
Fonte: Folha de Londrina (PR)