11/02/2008

Médicos querem mais divulgação da vasectomia pelo SUS

O presidente da Associação Brasileira de Urologia, o médico José Carlos de Almeida, quer que a vasectomia seja difundida no país como um método de planejamento familiar, sendo feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A declaração foi feita, nesta segunda-feira, em entrevista à Agência Brasil, do governo federal. O médico informou que já defendeu o tema em reunião no final de janeiro com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

- Nós temos que sensibilizar a população, mostrando que o método da vasectomia em homens acima de 25 anos, com dois filhos ou mais, está dentro da portaria do governo. E ele pode fazer um procedimento anticoncepcional barato, relativamente simples, pouco traumático, que não vai gerar nenhum transtorno para o organismo desse indivíduo - afirmou o médico, destacando que "qualquer vasectomia pode ser revertida".

No entanto, o médico esclareceu que, cinco anos depois da vasectomia, o organismo do homem pode criar anticorpos contra os espermatozóides que venham a ser produzidos com a cirurgia de reversão. Assim, o sucesso na recuperação da fertilidade daquele indivíduo dependerá da resposta de seu sistema imunológico.


Cirurgia é feita pelo SUS com data marcada

Desde junho do ano passado, quando foi lançada a Política Nacional de Planejamento Familiar, a vasectomia pode ser feita pelo SUS de maneira programada. Para isso, o candidato deve atender alguns critérios, como ser maior de 25 anos e ter, pelo menos, dois filhos vivos. Além disso, deve ser observado o prazo mínimo entre a manifestação da vontade de fazer a operação e a realização da cirurgia.

A medida visa proporcionar ao paciente um prazo para que ele reflita subre sua decisão. Como trata-se de um procedimento cirúrgico de esterilização para planejamento familiar, é necessário que o paciente assine um documento em que mostre-se ciente dos riscos da cirurgia, de possíveis efeitos colaterais, das dificuldade de reversão e das opções de outros métodos contraceptivos menos invasivos.


Fonte: Gazeta do Povo

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