28/08/2007

Médicos participam da Consulta Pública da ANVISA sobre alimentos transgênicos


A importância dos alimentos para a saúde humana faz com que a liberação de alimentos transgênicos no Brasil pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) entre na pauta de debates da classe médica, particularmente no que diz respeito à segurança. Uma Consulta Pública da ANVISA é um dos espaços abertos recentemente para o aprofundamento das discussões sobre os princípios que devem nortear o parecer final dos pedidos de liberação.

Pela praticidade, a CTNBio opta nas suas deliberações pelo princípio da EQUIVALÊNCIA, seguindo o exemplo dos EUA, que não exige pesquisas comprobatórias da segurança dos produtos transgênicos para saúde e para o meio ambiente. A Comunidade Européia, por outro lado, exige a aplicação do princípio da PRECAUÇÃO e, consequentemente, a obrigatoriedade da apresentação das pesquisas científicas que atestem a segurança do produto transgênico à saúde e ao meio ambiente, como pré-requisito para a liberação.

No Brasil, estão em debate os milhos transgênicos receptores de um gene que faz com que a planta se torne capaz de sintetizar uma toxina fatal para insetos e outros herbívoros. A transgenia transferiu para a planta o código genético responsável por esta função da bactéria Bacillus thuringiensis, comumente usada em programas de controle microbiano de insetos e pragas. Já foi liberada a soja transgênica que tem um gene que confere à soja resistência ao herbicida Glifosato, sobrevivendo, com isso, a aplicações de grandes quantidades desse agrotóxico, enquanto as espécies de ervas daninhas são eliminadas.

Já está comprovado o desenvolvimento de resistência de insetos à toxina Bt; como também das ervas daninhas ao Glifosato. Nos dois casos inseticidas químicos e outros herbicidas são, obrigatoriamente, aplicados para contornar a resistência. Com isso há danos à saúde do consumidor e ao trabalhador no campo; sem falar do dano ao meio ambiente.

Tem havido discussões sobre os impactos à saúde do trabalhador e do consumidor e é fundamental que todos os médicos e instituições participem deste debate no site da ANVISA.



Fonte: Acontece Comunicação e Notícias

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