29/05/2015

Médicos homenageados nos 25 anos do Siate

Entre os distinguidos está o Prof. Luiz Carlos Sobânia, ex-presidente do CRM-PR e um dos idealizadores do projeto

A última semana de maio foi marcada pelas comemorações dos 25 anos de atividades o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), implantado no Paraná de forma pioneira no País e que já registra mais de 300 mil atendimentos realizados somente na Grande Curitiba. Em meio aos festejos, o governador Beto Richa conduziu solenidade em que foram homenageados 55 profissionais entre bombeiros, médicos, enfermeiros e assistentes, que participam da história do Siate. Na mesma oportunidade, no Palácio Iguaçu, o chefe do Executivo anunciou a abertura de licitação para aquisição de 20 novas ambulâncias de resgate e outros quatro veículos para o transporte de médicos. Atualmente, o serviço está ramificado em 52 municípios paranaenses e conta com frota de 113 ambulâncias.

clique para ampliar>clique para ampliarDr. Sobânia à direita, de terno verde. (Foto: Orlando Kissner / ANPr)

Entre os vários médicos condecorados está o Prof. Luiz Carlos Sobânia, ex-secretário estadual de Saúde, conselheiro-nato do CRM-PR por ter sido seu presidente e que já representou o Paraná no CFM. Médico ortopedista e professor da UFPR, ele foi um dos idealizadores do projeto de atendimento a vítimas de trauma, com inspiração em experiência norte-americana. Foi ativado em 1990, consolidando parceria entre Secretaria de Estado da Segurança, Instituto de Saúde do Estado do Paraná (ISEP) e a prefeitura de Curitiba. Acabou servindo como referência para os demais estados federativos.

Ainda entre os homenageados estão os Drs. Ricardo Rydygier de Ruediger, um dos precursores do projeto; o atual diretor da Rede Paraná Urgência, Vinicius Filipak, que é o segundo médico mais antigo no Siate; e Ricardo Sprenger Falavinha, que trabalha há 23 anos como médico socorrista e acompanhou todo o desenvolvimento do serviço. Do grupo também faz parte o coronel reformado Miguel Arcanjo Capriotti, também um dos idealizadores e que, enquanto comandante do Corpo de Bombeiros, ajudou a colocar em prática a primeira equipe. “Acompanhamos a excelente evolução do serviço, que hoje é referência. Parabéns aos heróis bombeiros e médicos”, referiu-se o coronel, homenageado ao lado de outros 29 militares.

O médico Vinicius Filipak, por sua vez, disse estar há 25 anos no Siate e que, nesse período, teve muitas experiências gratificantes que me motivam ainda mais a trabalhar nesse serviço. Para ele, os primeiros socorros e o transporte de qualidade podem reduzir de 30 a 50% a mortalidade da vítima. Para o colega Ricardo Falavinha, o Siate só evoluiu, se modernizando com novas técnicas e conceitos médicos. Ao agradecer a homenagem, assinalou que o serviço é uma filosofia de vida para ele: “Trabalhar no Siate é uma ideologia. É saber que seu serviço bem feito pode salvar e ajudar uma pessoa a se recuperar”.

Da relação de médicos homenageados ainda constam os Drs. Paulo Roberto C. Oliveira, Mônica Koncke Fiuza Parolin, Carlos Lunelli Marcondes Filho, Beatriz Ferreira Monteiro Oliveira, Ricardo César G. Accioly Pinto, Marco Aurélio de George, Antônio Luiz Toso Filho, Edison Vale Teixeira Júnior, Fábio Henrique Carvalho, Heitor Pinheiro Lima Neto, Jarbas Machado Valente dos Santos, José Antônio Zampier e Rubens Marcelo Benatti, além de outros profissionais de saúde.

AERONAVES E A ORIGEM

Nos últimos quatro anos, o governo reforçou o atendimento de urgência e emergência com a compra de novas ambulâncias, convênios com hospitais filantrópicos e implantação do resgate aéreo hospitalar. O governador lembrou que o atendimento de urgência e emergência foi reforçado com o apoio de aeronaves do governo estadual, que atuam tanto com transporte de pessoas em situação grave, como transporte de órgãos para transplante. “Só pelo serviço aeromédico já foram salvas mais de 1.600 pessoas”, disse Richa.

Antes da implantação do Siate, não havia nenhuma estrutura pública especializada neste tipo de assistência. Quem precisava ser resgatado e encaminhado para a rede hospitalar após uma queda com múltiplas fraturas, por exemplo, tinha que ser transportado por conta própria e sem qualquer medida de primeiros socorros. Ao longo desses 25 anos, o aperfeiçoamento do serviço garante que o tempo médio entre o acionamento pela Central 193 até a chegada da equipe de socorristas ao local da ocorrência seja em torno de 10 minutos.  Em Curitiba e na Região Metropolitana, a média é de 60 atendimentos por dia, sendo que esse número praticamente dobra durante os finais de semana. Quase 70% dos atendimentos dizem respeito a acidentes de trânsito.

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