29/09/2011
Médicos e estudantes debatem epidemia de crack no País
O psiquiatra Marcelo Ribeiro de Araújo, pesquisador da UNIAD/UNIFESP, foi um dos palestrantes do evento. Ele apresentou
informações sobre a evolução e histórico do consumo de crack e das políticas públicas para substâncias psicoativas.
O Seminário sobre Epidemia de Crack no Brasil reuniu mais de 100 médicos e estudantes de Medicina na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná, em Curitiba, nos dias 23 e 24 de setembro. A falta de estratégias de segurança e políticas públicas para combater o uso da droga foi uma das principais polêmicas levantadas pelos especialistas e pesquisadores brasileiros que acompanharam a atividade.
Os psiquiatras Ronaldo Ramos Laranjeira e Marcelo Ribeiro de Araújo, que atuam na Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), apresentaram um panorama do uso da droga no País e orientações médicas para atendimento e tratamento de dependentes e familiares. Já o psiquiatra Marco Antonio Bessa, que ocupa o cargo de 2.º secretário na diretoria do CRM-PR e coordenou o evento, ministrou palestra sobre a dependência química de crack em crianças e adolescentes.
Em geral, o evento, que contou com o apoio da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, foi bem avaliado pelos participantes. A médica paranaense, especialista em psiquiatria, Helen Raquel Soares Tadini, afirmou ter gostado dos conteúdos apresentados, mas sentiu falta de direcionamento para tratamentos medicamentosos e protocolos de atendimento. Para a estudante da Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), Renata Maria Assis, as discussões foram claras e muito críticas, principalmente na área social e de estruturação da atenção aos dependentes. "A palestra sobre tratamento esclareceu muito a dimensão psíquica do paciente", afirmou.
Cartilha do Crack
O seminário, que faz parte do Projeto de Educação Médica Continuada (PEMC) do Conselho, é resultado de uma mobilização nacional do Conselho Federal e Regionais de Medicina em parceria com o Ministério da Saúde para disseminar entre os médicos informações úteis sobre o tratamento da dependência. Neste sentido, durante o seminário, o CRM apresentou a cartilha, que traz as "Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack", elaborada pelo CFM, e distribuiu entre os presentes.
PEMC
Com a intenção de permitir que o maior número de médicos possa ser beneficiado com as informações apresentadas durante as atividades do PEMC, o seminário foi filmado e, posteriormente, o conteúdo (áudio e vídeo) será disponibilizado na biblioteca da sede do Conselho em Curitiba e nas Delegacias Regionais do CRM-PR. O evento também foi transmitido simultaneamente pela internet para as Regionais do Conselho em Apucarana, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Umuarama.
De acordo com o secretário da Delegacia Regional de Apucarana, Artur Palu Neto, que acompanhou o evento, a transmissão foi muito boa e a expectativa do delegado é que os próximos possam ser abertos a todos os médicos da região, com a possibilidade de interação. "Tivemos uma rica oportunidade de acompanhar o seminário do crack em tempo real e atualizar nossos conhecimentos científicos", afirmou. O médico sugeriu que seja feita outra atividade sobre o tema com enfoque no tratamento do paciente com dependência da droga.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná está testando softwares e equipamentos que permitem a transmissão das atividades realizadas na sede de Curitiba, em tempo real e com interação, para as localidades onde estão instaladas as Delegacias Regionais do CRM-PR. O presidente, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, ressalta que a intenção é que, no futuro, os arquivos das aulas e palestras possam ser disponibilizados para download e consulta no site.
Para 2012, o PEMC deve contemplar atividades técnico-científicas, com inclusão de conteúdos éticos que estejam relacionados aos temas apresentados, dirigidas a todos os médicos do Paraná, especialmente aos que atendem urgências e emergências médicas. Também serão realizados seminários com temas ligados às especialidades, palestras de conteúdo específico relacionados às doenças mais prevalentes ou àquelas que demandam esclarecimentos imediatos à classe médica, como ocorrem com as infecções epidêmicas, ou, ainda, oriundas de sugestões enviadas pelos participantes dos cursos e seminários promovidos pelo PEMC. Além disso, está previsto uma Jornada de Bioética Clínica.
O Seminário sobre Epidemia de Crack no Brasil reuniu mais de 100 médicos e estudantes de Medicina na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná, em Curitiba, nos dias 23 e 24 de setembro. A falta de estratégias de segurança e políticas públicas para combater o uso da droga foi uma das principais polêmicas levantadas pelos especialistas e pesquisadores brasileiros que acompanharam a atividade.
Os psiquiatras Ronaldo Ramos Laranjeira e Marcelo Ribeiro de Araújo, que atuam na Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), apresentaram um panorama do uso da droga no País e orientações médicas para atendimento e tratamento de dependentes e familiares. Já o psiquiatra Marco Antonio Bessa, que ocupa o cargo de 2.º secretário na diretoria do CRM-PR e coordenou o evento, ministrou palestra sobre a dependência química de crack em crianças e adolescentes.
Em geral, o evento, que contou com o apoio da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, foi bem avaliado pelos participantes. A médica paranaense, especialista em psiquiatria, Helen Raquel Soares Tadini, afirmou ter gostado dos conteúdos apresentados, mas sentiu falta de direcionamento para tratamentos medicamentosos e protocolos de atendimento. Para a estudante da Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), Renata Maria Assis, as discussões foram claras e muito críticas, principalmente na área social e de estruturação da atenção aos dependentes. "A palestra sobre tratamento esclareceu muito a dimensão psíquica do paciente", afirmou.
Cartilha do Crack
O seminário, que faz parte do Projeto de Educação Médica Continuada (PEMC) do Conselho, é resultado de uma mobilização nacional do Conselho Federal e Regionais de Medicina em parceria com o Ministério da Saúde para disseminar entre os médicos informações úteis sobre o tratamento da dependência. Neste sentido, durante o seminário, o CRM apresentou a cartilha, que traz as "Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack", elaborada pelo CFM, e distribuiu entre os presentes.
PEMC
Com a intenção de permitir que o maior número de médicos possa ser beneficiado com as informações apresentadas durante as atividades do PEMC, o seminário foi filmado e, posteriormente, o conteúdo (áudio e vídeo) será disponibilizado na biblioteca da sede do Conselho em Curitiba e nas Delegacias Regionais do CRM-PR. O evento também foi transmitido simultaneamente pela internet para as Regionais do Conselho em Apucarana, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Umuarama.
De acordo com o secretário da Delegacia Regional de Apucarana, Artur Palu Neto, que acompanhou o evento, a transmissão foi muito boa e a expectativa do delegado é que os próximos possam ser abertos a todos os médicos da região, com a possibilidade de interação. "Tivemos uma rica oportunidade de acompanhar o seminário do crack em tempo real e atualizar nossos conhecimentos científicos", afirmou. O médico sugeriu que seja feita outra atividade sobre o tema com enfoque no tratamento do paciente com dependência da droga.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná está testando softwares e equipamentos que permitem a transmissão das atividades realizadas na sede de Curitiba, em tempo real e com interação, para as localidades onde estão instaladas as Delegacias Regionais do CRM-PR. O presidente, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, ressalta que a intenção é que, no futuro, os arquivos das aulas e palestras possam ser disponibilizados para download e consulta no site.
Para 2012, o PEMC deve contemplar atividades técnico-científicas, com inclusão de conteúdos éticos que estejam relacionados aos temas apresentados, dirigidas a todos os médicos do Paraná, especialmente aos que atendem urgências e emergências médicas. Também serão realizados seminários com temas ligados às especialidades, palestras de conteúdo específico relacionados às doenças mais prevalentes ou àquelas que demandam esclarecimentos imediatos à classe médica, como ocorrem com as infecções epidêmicas, ou, ainda, oriundas de sugestões enviadas pelos participantes dos cursos e seminários promovidos pelo PEMC. Além disso, está previsto uma Jornada de Bioética Clínica.