08/08/2018
Eleição foi encerrada na terça (7) com os votos recebidos pelos Correios; apuração foi realizada nesta quarta (8). Quem não pôde votar tem 60 dias para justificativa
A chapa 1 foi referendada por 94% dos votos apurados na
eleição para conselheiros da gestão 2018-2023 do Conselho Regional de Medicina do Paraná. Os votos em branco representaram
4,3% e os nulos 1,7%. O escrutínio foi realizado nesta quarta-feira (8), sendo concluído ao final da tarde, com proclamação
do resultado pelo presidente da Comissão Eleitoral e formalização da respectiva ata. A eleição no Paraná foi realizada exclusivamente
pelo meio postal, sendo considerados válidos os votos recepcionados pelos Correios, em Curitiba, até 18h de terça-feira (7).
A chapa denominada “18 de outubro – Ética e Responsabilidade”
traz 23 dos atuais 40 conselheiros efetivos e suplentes eleitos pelo voto direto – outros dois são indicados pela Associação
Médica do Paraná. A renovação é de 42%, sendo que a nova gestão mantém o número de 13 mulheres médicas no corpo conselhal.
A posse ocorre em 1º de outubro próximo, quando em sessão plenária é realizada a escolha da diretoria para mandato dos primeiros
20 meses. Serão eleitos presidente, vice, secretários e tesoureiros.
Os membros da Comissão Eleitoral destacaram o clima harmônico observado durante todo o período do processo de apuração dos votos, chamando a atenção ainda para a dedicação e agilidade proporcionadas pelos colaboradores que compuseram as Juntas Escrutinadoras. O presidente da Comissão, Dr. Antonio Rocha Gonçalves, esclareceu que não serão aptos os votos que chegaram depois do horário fixado ou que foram encaminhados por outros meios que não o de carta-resposta contida no kit votação. Contudo, serão validados para efeito de cumprimento da obrigação eleitoral, como fixado pela Resolução CFM 2.161/17.
Na assinatura da ata final com proclamação do resultado
do pleito (foto em destaque no Portal), o secretário-geral do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, representou a chapa vencedora, tendo
agradecido o trabalho da comissão e de todos os colaboradores. Ao lado dos pares Drs. Jackson Herrera e Luiz Celso Cordeiro
Kern, também integrantes da Comissão Eleitoral, o
Dr. Antonio Rocha Gonçalves cumprimentou o grupo eleito e fez votos de uma gestão profícua em prol dos médicos e da sociedade
paranaense. A análise e ratificação do resultado do pleito caberá ao CFM, como estabelece a legislação.
JUSTIFICATIVA
Como observado pela Comissão Eleitoral, o médico que não
pôde votar por causa justificada ou por impedimento poderá justificar até 7 de outubro, sob pena de multa prevista em lei.
Já a partir desta quinta-feira (9 de agosto) o formulário para justificativa estará disponível no Portal de Serviços, não
sendo necessário realizar a entrega de documentos físicos ou enviar email. Será também oportunidade para que o médico promova
a atualização de seu endereço, na hipótese de não ter recebido o kit votação. O voto para médico com mais de 70 anos é facultativo.
Profissionais com inscrição em mais de um Conselho estão obrigados a votar em pelo menos um deles e informar aos demais em
que não votou.
AGRADECIMENTO
O conselheiro Wilmar Mendonça Guimarães, atual presidente do CRM-PR, agradeceu os colegas médicos por renovação a confiança no trabalho realizado, o que veio em forma da mais expressiva aceitação de uma chapa na história dos 60 anos do Conselho. Realçou que os 94% de aprovação pela classe faz aumentar a responsabilidade do grupo de trabalho em persistir na defesa das causas em prol da valorização da Medicina e dos profissionais que a exercem com dignidade e, sobretudo, em prol do melhor na atenção à saúde da população.
Roberto Issamu Yosida, vice-presidente, exaltou o apoio dos colegas e disse que a atual gestão procurou estar sempre atenta aos relevantes temas e anseios dos médicos paranaenses, com o reforço de iniciativas que incrementam a interiorização das atividades do Conselho, em especial com o projeto de Educação Médica Continuada. De acordo com ele, há uma clara relação entre o decréscimo das denúncias de desvios éticos com a extensão das possibilidades de orientação e conscientização dos médicos, incluindo as transmissões pela internet em tempo real, os julgamentos simulados e a integração com as demais categorias profissionais da área de saúde. “Temos a expectativa de fechar o ano de 2018 com número menor de denúncias do que há uma década, mesmo que neste período tenhamos absorvido contingente de mais 9 mil médicos”, referiu-se Roberto Yosida, lembrando que o programa de EMC, constituído há poucos anos, já teve mais de 50 mil participações.
Pela condição de única, a Chapa 1 abriu mão de seu direito de envio de material físico, pelo meio postal, para apresentar suas credenciais e propostas de gestão. “Um compromisso com o meio ambiente e em respeito ao princípio da economicidade, não despendendo recursos dos médicos”, resumiu o vice-presidente.
AS PROPOSTAS
A chapa 1, cuja relação de integrantes pode ser conferida
no Portal das Eleições (clique aqui), tem conjunto de 10 propostas em destaque. Confira:
» Melhorar e fortalecer a Educação Médica Continuada;
» Combater a abertura indiscriminada de escolas médicas;
» Exigir do MEC a fiscalização e rigor contra as escolas médicas sem estrutura e sem qualidade;
» Apoiar o projeto de lei que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina;
» Defender a revalidação de diplomas médicos expedidos por instituições estrangeiras;
» Valorizar e defender o Ato Médico como exclusividade da profissão;
» Buscar melhores condições de trabalho, com honorários médicos dignos e plano de carreira de Estado;
» Proteger e orientar os médicos nos casos de violência e desrespeito em seus ambientes de trabalho;
» Incentivar a representatividade médica na esfera política; e
» Promover a renovação com responsabilidade do quadro conselhal, acolhendo 42% de novos membros.