No Paraná, todos os planos de saúde serão atingidos pelo protesto, pois não negociaram a revisão dos honorários ou não
apresentaram propostas satisfatórias à Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM).
Entidades médicas realizaram coletiva com a imprensa para anunciar detalhes sobre a suspensão do atendimento aos planos
de saúde. No Paraná, todas as operadoras e seguradoras de planos de saúde serão atingidas pelo protesto de 21 de setembro,
pois não negociaram a revisão dos honorários ou não apresentaram propostas satisfatórias à Comissão Estadual de Honorários
Médicos (CEHM).
Na tarde de 20 de setembro, o presidente da Associação Médica (AMP), João Carlos Gonçalves Baracho, o presidente do Conselho
Regional de Medicina (CRM-PR), Carlos Roberto Goytacaz Rocha, e o Secretario Geral do Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná
(Simepar), Darley Rugeri Wollmann Júnior, reuniram-se, em Curitiba, com os principais veículos de comunicação do Estado. O
objetivo foi chamar a atenção para os problemas da Saúde Suplementar que causam prejuízos ao exercício da Medicina e à qualidade
da assistência oferecida aos pacientes.
"O Conselho de Medicina apóia a reivindicação da classe médica e sua mobilização em relação à postura abusiva e antiética
dos planos de saúde, mas os médicos devem balizar suas ações no que preconiza o Código de Ética Médica.
Consultas e atendimentos
de urgência e emergência não serão suspensos e os médicos não devem cobrar valores extras para garantir atendimentos", afirmou
o presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha. Ele ressaltou que a luta por melhores honorários e a não interferência
dos convênios na relação médico-paciente é ética na medida em que visa resgatar não só a dignidade da profissão, mas também
a defesa da população. Na oportunidade, o presidente reforçou a necessidade de participação de todos os médicos do Estado
no Movimento Médico.
As entidades médicas estaduais estimam que, de um universo de aproximadamente 10 mil médicos credenciados aos planos de
saúde, mais de dois mil solicitaram descredenciamento individual desde o início da mobilização. "Os médicos não querem o descredenciamento,
mas deixar de atender os convênios é a solução que eles estão encontrando para manter seus consultórios. Nossa intenção é
que os planos de saúde negociem com a classe e que busquem soluções que sejam viáveis tanto para os pacientes quanto para
os médicos", afirmou.
Reivindicações
- Reajuste dos honorários médicos de acordo com os valores da 6.ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM);
- Revisão e regularização dos contratos assinados com as operadoras, com base na Resolução da Agência Nacional de Saúde
n.º 71/2004;
- Aprovação do Projeto de Lei n.º 6964/2010 que propõe o reajuste anual dos honorários médicos;
- Fim das interferências na autonomia do médico.
Legalidade
De acordo com os coordenadores do movimento nacional, o protesto ocorre dentro de uma esfera de legalidade. Não serão
desrespeitados limites, como a duração do protesto, que acontece dentro de um prazo determinado (24 horas).
Mobilização nacional
No dia 21 de setembro, médicos de todo País participam do protesto contra as operadoras de planos de saúde. Em nove estados,
incluindo o Paraná, a suspensão atingirá todas as empresas de saúde suplementar. Em outros 15, a mobilização afetará consultas
e procedimentos a planos selecionados localmente. Confira os
href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22191:planos-alvo-paralisacao&catid=3" target="_blank">planos-alvo
de cada Estado.
Em coletiva nacional, entidades médicas apresentaram uma
href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22199:medicos-denunciam-a-crise-da-assistencia-na-saude-suplementar-brasileira&catid=3"
target="_blank">Carta à Nação, na qual os médicos apontam sua preocupação com a atuação dos planos de saúde. O documento
será entregue ao ministro da Saúde. No dia 21 de setembro, as entidades médicas nacionais estarão reunidas com parlamentares
- na Câmara dos Deputados. Na oportunidade, os médicos entregarão um dossiê da saúde suplementar e defenderão mudanças no
setor.
Fonte: CRM-PR com dados do CFM.