Em todo o Brasil, as pressões dos planos de saúde sobre os médicos são enormes, conforme aponta pesquisa Datafolha inédita,
encomendada pela Associação Paulista de Medicina (APM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), com o apoio do Conselho
Federal de Medicina (CFM). A maioria absoluta dos profissionais brasileiros denuncia interferências das empresas para reduzir
solicitação de exames, para reduzir internações, além de inúmeros outros ataques ao livre exercício da medicina. Os números
foram divulgados nesta quarta-feira (1.º), pela APM.
O levantamento tem o intuito de conhecer a opinião dos médicos do Brasil sobre a atuação das empresas de saúde suplementar.
Foram entrevistados profissionais cadastrados no Conselho Federal de Medicina (CFM) que atendam a planos ou seguros de saúde
particulares e tenham trabalhado com, no mínimo, três planos ou seguros saúde atualmente e/ou nos últimos cinco anos.
Foram realizadas 2.184 entrevistas finais, contemplando os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, entre os dias
23 de junho e 24 de agosto de 2010. A margem de erro máxima, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança
de 95%, é de cinco pontos percentuais.
Principais números - O médico brasileiro que trabalha com planos ou seguros saúde atribui, em média, nota 5 para as operadoras,
em escala de zero a dez. Preocupante é que 92% dos médicos afirmam que os planos de saúde interferem em sua autonomia técnica.
Aliás, é possível afirmar que a percepção sobre a interferência dos planos ou seguros na autonomia técnica profissional é
um consenso entre todas as regiões do país, com índices que variam entre 90% e 95%.
Entre os tipos de interferências praticadas pelas operadoras de planos ou seguros saúde, os médicos apontam principalmente
as glosas de procedimentos ou medidas terapêuticas (78%) e a interferência no número de exames e procedimento (75%). Citadas
por cerca de sete em cada dez, vale destacar as restrições a doenças pré-existentes e a interferência em atos diagnósticos
e terapêuticos mediante designação de auditores.
Avaliação - Para o 2.º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, essas interferências tem caráter antiético quando pretendem
a redução de custos contrariamente aos interesses e ao bem-estar dos pacientes. "Colocamos a necessidade de que isso tenha
fim e evocamos a atuação da agência reguladora, a Agência Nacional de Saúde Suplementar, para mediar essa questão", diz.
Acesse a pesquisa completa
href="http://www.amb.org.br/teste/downloads/pesquisadatafolha.pdf" target="_blank">aqui.
Fonte: CFM
Médicos consideram portabilidade positiva para usuários de planos de saúde
A portabilidade é considerada pelos médicos como algo positivo para os usuários de planos de saúde. De acordo com levantamento
feito pelo Datafolha a pedido da APM (Associação Paulista de Medicina) e da AMB (Associação Médica Brasileira), esta é a opinião
de 94% dos profissionais consultados.
Perguntados se a permissão de transferência de um plano de saúde para outro, sem carências e restrições, também é positiva
para a classe médica, 74% responderam afirmativamente.
O Datafolha ouviu 2.184 profissionais cadastrados no Conselho Federal de Medicina em 26 estados brasileiros e no Distrito
Federal. Todos eles são da ativa, atendem a planos ou seguros de saúde particulares e trabalharam com, no mínimo, três planos
ou seguros saúde atualmente ou nos últimos cinco anos.
Consultas
Ainda segundo o estudo, considerando apenas atendimento particular e por meio de plano de saúde, em um mês típico, 80%
das consultas são realizadas por meio de planos.
Em média, os médicos atendem a oito planos ou seguros saúde atualmente. Considerando os últimos cinco anos, este número
sobe para 10 planos.
Fonte: Site
href="http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2010/12/03/medicos-consideram-portabilidade-positiva-para-usuarios-de-planos-de-saude.jhtm"
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