05/05/2011

Médicos de União da Vitória também rompem com convênios

Exceção, por ora, é a Unimed, que acolhe a 6.ª edição da CBHPM corrigida e o pagamento da consulta a R$ 80.


Reunidos na noite de quarta-feira (4 de maio) em União da Vitória, a grande maioria dos médicos da região decidiu romper com os convênios, deliberando em notificar de imediato às operadoras para que, a partir de 30 dias, os atendimentos passem a ser feitos na condição de particular e que os usuários dos planos paguem pelo serviço mediante recibo, para pleitear o reembolso. Foi fixado o valor da consulta em R$ 80,00, montante que acabou sendo acolhido pela singular da Unimed de União da Vitória que, ao mesmo tempo, anunciou ainda a adesão à Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), 6.ª Edição, com pagamento dos procedimentos corrigidos. Deste modo, por ora, a Unimed é a única exceção na decisão de suspensão dos atendimentos.

A região de União da Vitória conta com aproximadamente 100 médicos (do lado paranaense), sendo que mais de 70 ratificaram a postura de descredenciamento das operadoras de planos de saúde, a exemplo do que já tinha ocorrido em Ivaiporã, onde os 40 profissionais locais romperam com os convênios em reposta à má-remuneração. De acordo com o secretário-geral do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Hélcio Bertolozzi Soares, integrante da Comissão Estadual de Honorários Médicos e participante da reunião em União da Vitória, a expectativa é de que o movimento vá ganhando mais corpo em outras regiões. A de Foz de Iguaçu deve ser a próxima a receber uma reunião da CEHM, nos próximos dias, tendo em pauta a discussão de descredenciamento dos planos que não aderirem à revisão contratual.

A reunião em União da Vitória, cidade na divisa com Santa Catarina, ocorreu no auditório da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, em convocação solicitada pela Associação Médica local e a Regional de Fronteira do Conselho de Medicina. A CEHM esteve representada por seu presidente, José Fernando Macedo, da AMP, e ainda por João Carlos Baracho, Nerlan e Hélcio Bertolozzi Soares, alem do assessor jurídico da AMP, Fabiano Sponhols. O resultado da assembleia dos médicos será agora formalizado ao Conselho de Medicina e oficiado às operadoras para curso do prazo para interrupção contratual.

Na próxima segunda-feira, 9 de maio, nova reunião está agendada pela Comissão Estadual de Honorários Médicos, a pedido da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Regional do Paraná. Vai ocorrer a partir das 12h na sede da Associação Médica, em Curitiba, e terá em análise a posição dos profissionais da especialidade diante da relutância das operadoras em negociar a recomposição dos valores dos honorários. Destaque-se que a partir de 8 de maio, os cirurgiões cardiovasculares já anunciaram, por meio da Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Paraná (COOPCARDIO-PR), que interromperão os atendimentos às operadoras AMIL, SAÚDE BRADESCO, SUL AMÉRICA, GOLDEN CROSS, DIX, FUSEX, SAÚDE IDEAL, GAMA, PARANÁ CLÍNICAS, NOSSA SAÚDE e ICS. De acordo com a Cooperativa, tais convênios não tem contrato celebrado.

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