A ampliação do teste do pezinho para o diagnóstico da toxoplasmose congênita está em
avaliação em consulta pública promovida pela Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O Conselho Federal de Medicina (CFM) convida os médicos
a participarem e apresentarem contribuições até o próximo dia 21 de janeiro.
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Por demanda da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS), a Conitec
analisou evidências científicas sobre o tema e concluiu, de forma inicial, que a inclusão da tecnologia
poderá auxiliar a detecção da doença, mais precocemente, em crianças recém-nascidas.
A partir dessa conclusão, cujos detalhes estão contidos em um relatório inicial, a Comissão aguarda
contribuições da sociedade e de especialistas para apontas sua recomendação.
Sobre
a doença
Na toxoplasmose congênita, a infecção parasitária pelo Toxoplasma
gondii ocorre durante a gestação, de mãe para filho. A doença, conhecida por seu importante impacto
social no Brasil, tem alta prevalência e pode gerar graves sequelas e até mesmo a morte dos recém-nascidos
infectados.
As manifestações e a gravidade da enfermidade variam conforme a idade gestacional da
mulher e da forma de infecção pelo parasita. A maioria dos casos não é detectada no nascimento.
Isso porque alguns dos sinais da doença não são rapidamente reconhecidos e também devido ao fato
de que os sintomas mais graves podem vir a se manifestar em semanas, meses e até mesmo anos após o nascimento.
Entre as consequências mais comuns estão encefalite, convulsões, tamanho anormal do encéfalo
(microcefalia, macrocefalia e hidrocefalia), icterícia, perda auditiva, deficiência visual, retardo de crescimento,
entre outras.
O diagnóstico precoce pode evitar a progressão para quadros graves. Considerando que
tanto gestantes como recém-nascidos infectados são comumente assintomáticos, é fundamental a realização
de exames laboratoriais para essa identificação.
Fonte: CFM, com informações da
Conitec