31/01/2012
Médicos brasileiros são bem avaliados
Pesquisa Ibope/WIN revela que 88% consideram o último atendimento excelente, muito bom ou bom
A maioria dos brasileiros avalia o atendimento do último médico visitado como excelente ou muito bom (57%). Se inseridos
nesse percentual também os que classificaram como "boa" a interação com o médico, este índice salta para 88% (as opções de
respostas eram "excelente", "muito boa", "boa", "regular" ou "ruim" para avaliação geral do atendimento). Na rede pública
de assistência, 50% dos pacientes consideraram o atendimento excelente ou muito bom. No grupo dos que consultam médicos credenciados
a planos de saúde, 70% sustentam essa avaliação. Quando o atendimento é particular, o índice sobe para 73%.
Estes são os números indicados no relatório final de pesquisa realizada no Brasil pelo Ibope Inteligência entre agosto
e setembro de 2011, em parceria com a Worldwide Independent Network Research (WIN). "Apesar das dificuldades relacionadas
ao trabalho médico, que em muitos aspectos estão agravadas atualmente tanto na rede pública quanto no sistema suplementar,
vemos que a maioria dos pacientes acredita no profissional e se sente bem com o atendimento recebido do médico", analisa o
conselheiro federal José Fernando Maia Vinagre, representante do Mato Grosso no CFM.
Receberam as melhores avaliações, nesta ordem, os itens: Me tratou com respeito (93% de notas excelente, muito bom ou
bom), Me recebeu de uma maneira que me deixou confortável (89%) e Entendeu minhas principais preocupações com a saúde (87%).
O item que recebeu as piores notas por parte dos pacientes, em relação ao trabalho do último médico visitado, foi Me incentivou
a fazer perguntas (10% com avaliação ruim), seguido de Me envolveu nas decisões, da forma que eu desejava (7%) e Passou a
quantidade certa de tempo comigo (7%). "Tais dados parecem indicar que os médicos em geral precisam dar mais atenção à participação
do paciente no ato que está sendo realizado, seja com o fornecimento de informações sobre seu quadro de saúde e preocupações,
seja com ponderações sobre o encaminhamento que mais se adapta a suas expectativas", diz Vinagre.
Comparação
A pesquisa da WIN entrevistou pacientes em 39 países e indica que o Brasil ocupa a 20ª posição na lista dos países com
médicos mais bem avaliados com relação à comunicação. Os cinco primeiros são Irlanda, Armênia, Chile, Macedônia e Bósnia.
Os pacientes mais insatisfeitos no que diz respeito às habilidades interpessoais e de comunicação de seus médicos estão no
Paquistão (onde apenas 5% dos entrevistados fizeram avaliações positivas), seguido por Peru (6%), Japão (10%), China (11%)
e Polônia (11%).
76% confiam na atuação médica
A pesquisa que avalia a relação médico-paciente, conduzida pela WIN e pelo Ibope Inteligência, indica que, no Brasil,
76% (cerca de três em cada quatro pacientes) afirmam confiar em um médico para auxiliá-los na manutenção da saúde. Houve leve
crescimento do índice de confiança em relação a 2010 (70%).
Os índices globais da pesquisa (que abrangem todos os 39 países estudados e resultam da opinião de 31.577 pessoas de diversas
nacionalidades que fizeram alguma consulta médica nos últimos 12 meses) apontam que, em 2010, 67% declararam confiar em um
médico para se manter saudável. Em 2011, este índice subiu para 81% (veja gráfico à esquerda).
Dentre os entrevistados, 56% afirmaram ter alta disposição para recomendar o último médico consultado. Na média dos países
onde ocorreu a pesquisa, este índice é de 42%.
Outro indicador da confiança depositada pelo paciente em seu médico é o grau de adesão às recomendações relativas ao uso
de medicamentos. De acordo com os resultados da pesquisa, 78% da população que faz uso de medicamentos afirmou tomar as substâncias
"o tempo todo", exatamente como prescrito pelo médico. Outros 14% afirmaram tomá-las exatamente como prescrito durante "a
maior parte do tempo".
Fonte: CFM