29/06/2012
Médicos apontam para paralisação contra planos em outubro
Passados três meses de negociação após a advertência dada às operadoras dos planos de saúde, em mobilização de 25 de abril,
entidades e associações médicas aprovaram um indicativo de nova e possivelmente mais ampla paralisação nacional em outubro.
O movimento médico avalia que há avanços nas negociações com os planos de saúde desde as últimas mobilizações -7 de abril
e 21 de setembro de 2011 e em 25 de abril de 2012-, em que médicos suspenderam atendimentos aos planos e realizaram atos públicos.
Os médicos entendem, porém, que os avanços alcançados ainda são insuficientes.
O balanço foi feito nesta quinta-feira em reunião ampliada da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU), composta
por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos
(Fenam), com a participação de conselhos regionais, sindicatos e sociedades médicas.
Representantes dos Estados criticaram as propostas de reajustes nos honorários dos médicos feitas pelas operadoras, em
alguns casos tidos como "pífios".
Os médicos ainda alertaram para a necessidade de corrigir as defasagens acumuladas nos últimos anos e de estender os reajustes
das consultas também aos procedimentos.
A reunião desta quinta-feira apontou para a continuidade das negociações com as operadoras, a realização de assembléias
nos Estados entre julho e agosto e para um indicativo de paralisação nacional em outubro, mês em que se comemora o dia do
médico.
A duração dessa nova paralisação e outras estratégias de mobilização serão avaliadas pelos Estados e chanceladas na próxima
reunião da Comissão Nacional de Saúde Suplementar, marcada para 17 de agosto.
Paralelamente a esse movimento, as entidades médicas cobram da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a edição de
uma resolução normativa que substitua a atual, de 2004, que garanta a assinatura de contratos adequados entre operadoras e
médicos, através de suas entidades, e reajustes satisfatórios.
Fonte: CFM