A manhã de ontem (28) foi bem agitada nos hospitais da capital, que, em dia atípico, recebeu volume muito maior de pacientes do que estão acostumados e preparados para atender. O pronto-socorro do Hospital Cajuru, o maior de Curitiba, ficou superlotado com 44 pacientes, cinco além da capacidade, e a maioria de vítimas de acidentes de trânsito. O dia atípico também movimentou outros hospitais de emergência como o Evangélico e o Trabalhador, que igualmente ficaram lotados. O pronto atendimento do hospital possui 20 vagas para emergência, mas, em média, são internadas entre 25 e 30 pessoas por dia. Por causa da superlotação, a direção do hospital pediu ao Siate e ao Samu para não encaminharem mais pacientes para a unidade. Segundo o chefe do setor de emergências do Cajuru, Vinicius Filipak, a atitude é comum em todos os hospitais quando há superlotação. À tarde, a situação amenizou e, por volta das 15 horas, o número de pacientes caiu para 30. A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que tem 20 leitos, também está sem vagas. A própria direção do hospital disse que a demanda é atípica. Funcionários que estavam de folga foram chamados para dar conta dos atendimentos. A diretoria explicou que a emergência costuma lotar duas vezes por semana, mas, ontem, cerca de 80% dos atendimentos foram referentes a traumas, vítimas de acidentes de trânsito e pessoas baleadas. A situação vivida aponta para o aumento da violência em Curitiba e Região Metropolitana.


Fonte: Documento Reservado