18/10/2007

Mais jovens e mais mulheres ingressam na carreira

Cada vez mais a Medicina se transforma em uma profissão de jovens. A média de idade dos médicos paulistas apontada pela pesquisa do Conselho Regional de Medicina (Cremesp) é de 42 anos. O levantamento revela que mais de um quarto dos médicos (28,67%) exerce a profissão há nove anos ou menos. Metade desse grupo - ou 14,42% do total de médicos - trabalha há quatro anos ou menos.

As inscrições de novos médicos no Cremesp revela uma mudança histórica: pela primeira vez as mulheres foram a maioria. Entre os 3.030 inscritos em 2006, 1.568 eram mulheres e 1.462, homens. A profissão, no entanto, ainda é predominantemente masculina. Entre 92.558 médicos inscritos no Cremesp até este ano, 35.500 são mulheres e 57.058 são homens. Ou seja, os homens representam 61,65% e as mulheres 38,35%.

Uma delas é Luciana Maria Nunes Ferreira Pontes, de 33 anos, que riu ao descobrir que os diplomas médicos, em 2006, foram mais para mulheres do que homens. "Afaga um pouco o ego", admitiu a cirurgiã geral.

Ela exemplifica a determinação necessária para enfrentar o machista e competitivo mundo médico. "Por quatro anos fiquei na lista de espera da USP. Passava nas particulares, mas não tinha dinheiro, então resolvi aproveitar que o dólar valia R$ 1,00 e fui estudar no exterior", conta.

Depois de mais de sete anos no país, onde também fez residência, retornou ao Brasil, revalidou todas as suas qualificações e, agora, estuda para passar pelo longo processo de medicina intensiva, para trabalhar na UTI.
Da Bolívia aliás, vêm a maioria dos médicos estrangeiros em atividade no Estado. Hoje, são 426, seguidos por 223 portugueses e 152 peruanos.


Fonte: O Estado de S.Paulo

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