Capa do folheto criado para campanha do CRM do Piauí em conjunto com outras entidades de médicos do Estado
"A pessoa que se droga
Tem a morte por escolta;
Penetra num labirinto
Que é complicada a volta
Cai no laço da desgraça,
Sem ajuda não se solta."
Os versos fazem parte de uma iniciativa do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) em conjunto com o Sindicato
dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), a Associação Piauiense de Medicina (APIMED) e a Casa do Cantador. A ideia é usar
a cultura popular do sertão nordestino para o combate ao uso de drogas.
O folheto
href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/cordel_crack.pdf" target="_blank">"Crack - evite a primeira pedra"
foi lançado em junho e tem sido distribuído nas escolas públicas com o auxílio da Comissão Interinstitucional Contra o Crack
e secretarias de Saúde.
Segundo o presidente do CRM-PI, Fernando Correia Lima, a escolha da literatura de cordel tem o objetivo de alcançar um
público abrangente. "O cordel tem, como uma de suas características, penetração nas várias camadas da população às quais não
chegam os meios de divulgação formais como livros, revistas, jornais e boletins, entre outros", afirma. Ele considera que
isso é possível por conta da "linguagem popular e leitura fácil, rítmica e melodiosa" que atingem todas as classes sociais.
O presidente do CRM-PI conta que o público-alvo do folheto é formado por "jovens de classe econômica média ou baixa, com pouca
instrução, família desajustada, sem emprego e sem perspectiva de solução existencial".
Os versos, dispostos em cinco páginas, foram escritos pelo poeta Joames, autor de cordel do Estado.