Menos de 3% dos hospitais brasileiros contam com um laboratório de microbiologia capaz de identificar nos ambientes a
presença das superbactérias como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC).
A falta de estrutura, porém, começa a ser driblada por meio de uma nota técnica emitida pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), no final de outubro, recomendando aos laboratórios estaduais e federais realizarem tais procedimentos
a partir deste mês.
'A medida é um grande avanço para mapearmos o problema e, principalmente, definirmos políticas públicas capazes de reduzir
os casos de mortes por infecções hospitalares', avalia o diretor do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), Marcelo
Pilonetto. 'Em termos de estrutura, dois fatores contribuem para a ausência de laboratórios capazes de identificar as superbactérias
nos hospitais: o espaço físico, pois são necessárias três áreas, e o custo do termociclador, que amplia o material genético
da bactéria, e tem um valor médio de R$ 15 mil', explica.
Além disso, entre graduação e especialização, levam-se aproximadamente 10 anos para formar um profissional capacitado
para esse tipo de análise. Contudo, o diretor do Lacen reconhece que tais investimentos em prevenção são bem menores do que
os gastos com o tratamento de pessoas infectadas pelas superbactérias. 'Os antibióticos empregados são caríssimos. O pior
é que esse problema envolve sérios riscos de surtos, pois depende da rápida identificação', alerta.
Fonte:
href="http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/491376/?noticia=LACEN-FAZ-EXAMES-DE-MICROBIOLOGIA-PARA-HOSPITAIS-DO-SUS#"
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