Evento foi promovido pelo Conselho em parceria com o curso de Medicina da instituição em Curitiba
clique para ampliarEstudantes discutiram caso de suposto mau procedimento pediátrico (Foto: CRM-PR)
Um suposto mau procedimento pediátrico foi o caso debatido em julgamento simulado promovido pelo CRM-PR, nessa sexta-feira,
4, em Curitiba. O evento foi realizado na PUC, em parceria com o curso de Medicina da instituição, e contou com 84 participantes.
O médico em questão foi julgado por não detectar um quadro de atresia anal - condição na qual há fechamento ou ausência
do orifício - em um recém-nascido. Após a mãe da criança perceber o problema, retornou ao pediatra, que encaminhou o bebê
para cirurgia em um outro hospital. Como o procedimento ocorreu sem complicações e ele era o único pediatra da cidade, o réu
foi absolvido no julgamento simulado.
Responsável pela defesa, o advogado do CRM, Martim Palma, destacou a qualidade
da discussão e questões apresentadas pelos estudantes. Além disso, também ressaltou a importância de experiências como essa
para os futuros médicos. “Para muitos ali essa é a única chance de ver como é um julgamento médico”, disse. “Senão, só sendo
denunciado ou virando conselheiro”.
Além do advogado, estudantes, professores e conselheiros do CRM também fizeram
parte do corpo de júri. O corregedor-geral, Maurício Marcondes Ribas, presidiu a sessão e também explicou brevemente quais
são e como funcionam as penalizações para médicos. Sua filha, Natália Ribas, fez parte da acusação, junto com o professor
da PUC, Eduardo Murilo Novak. A relatora e revisora foram, respectivamente, as conselheiras Tânia Maria Santos Pires e Marília
Cristina Milano Campos de Camargo.