19/10/2017
Atividade nesta sexta envolveu quase 70 alunos, além cinco conselheiros do CRM-PR e dois professores de Direito
O Conselho Regional de Medicina do Paraná promoveu, na manhã desta sexta-feira (20), um julgamento ético simulado para acadêmicos de Medicina no Câmpus Curitiba da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Quase 70 estudantes participaram da atividade, que tem o objetivo de despertar para o zelo de conduta no exercício da profissão, mostrando como funciona a denúncia e todo o rito processual de uma denúncia ética, bem como as consequências em caso de condenação. A ação integra o Programa de Educação Médica do CRM-PR.
O júri simulado é baseado em situações reais de julgamentos conclusos pelo Conselho. O apresentado aos estudantes da PUC baseou-se em fato com origem em denúncia de corpo estranho (pinça) deixado no abdômen de uma mulher após a sua quarta gestação. A exemplo do que ocorreu no processo concluso, o simulado teve como conclusão como apenamento a alínea “a”, de advertência confidencial em aviso reservado, sanção disciplinar mais branda entre as cinco previstas em lei.
A aula ética teve a participação de cinco conselheiros do CRM-PR, todos professores de cursos médicos. O corregedor-geral Maurício Marcondes Ribas presidiu o julgamento simulado, tendo na relatoria Adonis Nasr e na revisão Thadeu Brenny Filho. A Dra. Tânia Maria Santos Pires, professora da disciplina de Atenção Básica do curso de Medicina da PUCPR, atuou como a vítima e denunciante de infração ética, enquanto a Dra. Viviana de Mello Guzzo Lemke, coordenadora da Câmara Técnica de Cardiologia do Conselho, funcionou na função de profissional acusado. O assessor jurídico do CRM-PR, Martim Afonso Palma, que também é professor, atuou na acusação, cabendo a defesa ao médico e também advogado e professor de Direito Eduardo Murilo Novak.
Coordenador da atividade, o conselheiro Maurício Marcondes Ribas enalteceu o engajamento e o nível de percepção dos estudantes à realidade do exercício da profissão, embora estejam na metade do período de graduação. O conselheiro exaltou a importância da educação ética visando preparar o futuro médico para as dificuldades a que vão se defrontar no cotidiano e os riscos a que estarão expostos em eventuais situações de negligência, imprudência e imperícia.