10/04/2007

Jornais do país noticiam manifestações contra decisão do novo ministro sobre aborto

Aborto: Temporão é alvo de protesto

Ministro defende plebiscito; manifestantes pedem decisão oficial do governo

FORTALEZA - Um ato público contra o aborto, organizado pelo Movimento Nacional em Defesa da Vida, surpreendeu o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que participou ontem em Fortaleza de uma solenidade pelo Dia Mundial da Saúde.O protesto foi uma reação às declarações do ministro em defesa de um plebiscito sobre a descriminalização do aborto.

Faixas, cartazes, carro de som e camisetas de protesto, confeccionados no fim de semana, foram usados por um pequeno grupo de pessoas que incluiu representantes de católicos e espíritas.

O coordenador do movimento, Jaime Ferreira Lopes, e o presidente da Frente Parlamentar Contra o Aborto, deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), disseram que vão intensificar os protestos em todo o país, numa mobilização nacional que culminará com uma marcha a Brasília, no dia 4 de julho.

Os organizadores do protesto disseram estar indignados com o ministro e cobraram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma declaração pública para explicar se Temporão está falando em nome do governo ou se é uma opinião pessoal. Para eles, a defesa do aborto é incompatível com o cargo que ele ocupa.

- Como o presidente pode permitir que seu ministro saia numa cruzada pelo país defendendo o aborto? - perguntou, indignado, Jaime Lopes. Do lado de fora do local do evento, cerca de 20 manifestantes se aproximaram do carro de Temporão e começaram a gritar "sim à vida".

Tranqüilo, Temporão cumprimentou algumas pessoas e até conversou rapidamente com Bassuma. Disse que não havia dado declarações a favor do aborto, e que apenas tinha defendido o debate sobre o tema por questões de saúde pública, uma vez que muitos abortos clandestinos são realizados no país. Segundo o ministro, não se pode ignorar a existência do aborto clandestino. Para ele, não tratar do tema é uma postura cínica e mentirosa.

Fonte: O Globo: 10/04/2007



Ministro da Saúde é hostilizado no Ceará

Ao defender a idéia de convocar a sociedade para debater mudanças na legislação sobre o aborto, o ministro José Gomes Temporão (PMDB-RJ) trouxe para sua recém-iniciada gestão na pasta da Saúde a marca da polêmica. Sentiu isso ontem ao ser hostilizado por uma platéia de 500 pessoas durante o lançamento do Dia Mundial da Saúde, no Ginásio Poliesportivo de Porangaba, em Fortaleza (CE).

Com gritos de "O ministério é da Saúde, não da morte", amplificados com a ajuda de um trio elétrico, os manifestantes interromperam o discurso do ministro. Temporão precisou da ajuda de policiais militares para deixar o ginásio.

Apesar de ter escolhido Fortaleza, território petista comandado por Luizianne Lins (PT), para sediar as comemorações pelo Dia Mundial da Saúde, o ministro saiu chamuscado por fogo amigo. O presidente da Frente Parlamentar Contra o Aborto, deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), foi à capital para liderar a manifestação. Ciente da saia justa pela qual o ministro passaria, a prefeita petista mandou seu vice, José Carlos Veneranda (PSB), acompanhar Temporão.

O coordenador da campanha Brasil Sem Aborto, Jaime Ferreira Lopes, também estava presente. Disse que a ausência de Luizianne no evento mostra que a prefeita não quer ser identificada como defensora do aborto.
Por ser uma prefeitura do PT, onde o presidente Lula foi mais votado, a prefeita deveria acompanhar o ministro observou Jaime. Ele está remando contra a maré, contra a opinião pública.

Em meio à rispidez dos cearenses, Temporão foi diplomático e evitou alimentar a fogueira.

Eu nunca disse que sou favorável ao aborto. Tenho quatro filhos, sempre defendi a vida alegou o ministro.
Temporão negou que tenha defendido textualmente a legalização do aborto. Mesmo assim, a insistência em defender a convocação de um plebiscito para discutir o tema mostra uma tendência reformista no discurso:
Como responsável pela saúde da população brasileira, não posso esconder que o aborto é uma questão importante a ser debatida pelo país. Aconteceram, só no ano passado, 220 mil curetagens depois de abortos, de acordo com registros do Sistema Único de Saúde.

O ministro justifica a formação de um plebiscito pela necessidade de ouvir a opinião das mulheres sobre o assunto:

Minha intenção é exatamente levantar o debate. O aborto é uma cicatriz aberta no país. É uma questão importantíssima do ponto de vista da saúde pública. A discriminação e a tentativa de abafar a realidade levam sofrimento e morte às mulheres.

A manifestação de ontem foi a segunda crítica pública direcionada ao ministro. A Frente Parlamentar Contra o Aborto e os integrantes da campanha Brasil Sem Aborto organizam um cronograma de protestos pelo Brasil. Integrantes de organizações de direito civil, religiosos e políticos do Rio e Brasília foram convocados para os atos de protesto.

No dia 4 de julho, o movimento pretende reunir 50 mil pessoa em frente à Esplanada dos Ministérios.

Fonte: Jornal do Brasil



Ministro da Saúde enfrenta protesto de grupos contra o aborto no Ceará

Manifestação foi liderada pelo deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), que deseja falar com o presidente Lula

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Trazida novamente ao debate no final do mês passado, quando a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um plebiscito sobre o assunto, a proposta de legalização do aborto foi alvo de um barulhento protesto ontem em Fortaleza, reunindo cerca de cem pessoas.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que se manifestou publicamente a favor do plebiscito, acabou sendo vaiado e teve seu discurso abafado por um trio elétrico colocado em frente ao ginásio onde participava de um evento para divulgar programas de saúde do governo. Para garantir a segurança do ministro, foram chamados policiais militares, guardas municipais e seguranças. Não houve tumulto.

Liderados pelo presidente da Frente Parlamentar Contra o Aborto, o deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "Diga não ao aborto e sim à vida". Também colocaram quatro faixas nas arquibancadas do ginásio. Uma delas questionava: "O Ministério é da Saúde ou da Morte?".

Na noite de sexta-feira, o arcebispo do Rio, d. Eusébio Oscar Scheid, já havia interrompido a encenação do Auto da Paixão de Cristo, exatamente na cena em que Maria envolve Jesus morto em seus braços , para criticar a proposta de legalização apoiada pelo ministro. "Não podemos permitir a matança de inocentes como quer este projeto infeliz", disse o cardeal.

Saúde pública

Ontem, o ministro da Saúde voltou a defender sua posição no evento em Fortaleza, dizendo que apóia a realização do plebiscito porque entende que o tema merece ser debatido pelos brasileiros. "O aborto é uma ferida aberta no País. Essa questão é importantíssima do ponto de vista da saúde pública. A discriminação e a tentativa de abafar a realidade levam sofrimento e morte às mulheres e às famílias", disse.

O ministro também rebateu o argumento de que não seria a favor da vida, lembrando que tem quatro filhos. "Eu sempre defendi a vida. Agora, como ministro, como responsável pela saúde da população brasileira, não posso esconder que essa é uma questão importante para ser debatida no País. Somente no ano passado foram feitas 220 mil curetagens após aborto no Sistema Único de Saúde. Essa é a realidade", afirmou.

O deputado Bassuma também aproveitou a ocasião para demarcar território: "Entendo que ministro da Saúde deve cuidar da saúde pública. Ele não pode jamais defender a morte como solução".

Bassuma pretende fazer um protesto no dia 4 em Brasília e quer conversar com o presidente Lula. "Se essa declaração do ministro de defesa do aborto é uma posição isolada dele, é grave. Se é uma posição do governo Lula, aí a coisa é dez vezes pior."

Também estiverem presentes no protesto de ontem membros de igrejas evangélicas, deputados e vereadores. Representante da Pastoral da Família da Arquidiocese de Fortaleza, a vereadora Fátima Leite disse que "a Igreja Católica defende a vida desde seu nascedouro". "Aborto é uma morte criminosa."

Debate sobre a vida

O projeto que descriminaliza o aborto está parado na Câmara. Mas a questão voltou à tona em 2006 com a discussão do uso de células-tronco embrionárias para pesquisa e terapia, aprovado na Lei de Biossegurança e contestado no Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 20, a corte reunirá em Brasília médicos e cientistas para discutir quando começa a vida. Embora ligado ao uso de células-tronco, o debate reacende a polêmica sobre o aborto.

Fonte: O Estado de S.Paulo (www.estadao.com.br).


FRASES:
"Eu tenho quatro filhos. Agora, eu, como ministro, responsável pela saúde da população brasileira, não posso esconder que essa é uma questão importante para ser debatida pelo País. Não podemos negar isso porque aconteceram somente no ano passado 220 mil curetagens após aborto no SUS" - José Gomes Temporão, Ministro da Saúde


"Se essa declaração do ministro de defesa do aborto é uma posição isolada dele, é grave. Se é uma posição do governo Lula, aí a coisa é dez vezes pior" - Luiz Bassuma, Deputado federal (PT-BA)


"A Igreja Católica defende a vida desde o seu nascedouro. E aborto é uma morte criminosa" - Fátima Leite, Vereadora de Fortaleza



Grupo hostiliza ministro durante ato contra o aborto

Manifestantes vaiaram Temporão (Saúde) em Fortaleza durante evento; deputado do PT participou do protesto

Ato de líderes religiosos e políticos foi em resposta ao apoio de Temporão a uma discussão sobre o tema.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enfrentou ontem uma manifestação contra o aborto, em Fortaleza.

O protesto -organizado por lideranças religiosas e políticas, inclusive um deputado petista- foi em resposta a recentes afirmações do ministro, que é favorável a uma discussão sobre o tema e já defendeu a realização de um plebiscito para decidir por sua liberação ou não.

Ele esteve em Fortaleza em comemoração ao Dia Nacional da Saúde. O protesto contra o aborto contou com cerca de cem pessoas, algumas dentro do Ginásio Poliesportivo da Parangaba e outras do lado de fora, com um carro de som.
A organização ficou por conta do vereador Paulo Mindêllo (PSB), que integra a Renovação Carismática Católica. No ato havia também representantes de evangélicos e espíritas, além de diversos grupos católicos.

Também participou do protesto o deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto.

Com um carro de som e diversas faixas, como "Por um Brasil sem aborto" e "O Ministério é da Saúde ou da morte?", os manifestantes desviaram o foco de atenção do evento, em que o ministro iria falar de um programa de ginástica.
Enquanto Temporão discursava, entre vaias, os manifestantes gritavam: "Diga não ao aborto e sim à vida".
Um dos manifestantes questionou o ministro se ele era favorável ao aborto. Temporão respondeu que defendia uma "discussão", já que é "inegável" que milhares de mulheres todos os anos têm de passar por curetagens pós-aborto em hospitais públicos ou mesmo morrem depois de tentativas malsucedidas de abortar.

"No próximo dia 20, o STF [Supremo Tribunal Federal] vai convocar cientistas a Brasília para discutir o início da vida, no debate sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias. O tema é outro, mas acho que é um ótimo momento para a sociedade refletir também sobre o aborto", disse.

Como material de propaganda antiaborto, alguns manifestantes usavam uma pesquisa Datafolha publicada anteontem na Folha, que mostra que 65% dos entrevistados não querem mudanças na legislação sobre o aborto.

Fonte: Folha de S.Paulo



Ato contra aborto hostiliza Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enfrentou ontem, em Fortaleza, um barulhento protesto contra o aborto. Liderado pelo presidente da Frente Parlamentar Contra o Aborto, deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), a manifestação reuniu cerca de 100 pessoas, no ginásio poliesportivo da Parangaba, na periferia da capital cearense, onde o ministro lançava programas de promoção à saúde, ainda em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, ocorrido sábado passado.

Foi preciso a Polícia Militar, a Guarda Municipal e seguranças particulares garantirem a integridade física do ministro. Temporão recebeu vaias e seu discurso foi abafado por um trio elétrico colocado em frente ao ginásio, onde os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Diga não ao aborto e sim à vida".

Quatro faixas foram colocadas nas arquibancadas e no quadra do ginásio, protestando contra as declarações do ministro de abrir o debate sobre a legalização do aborto no Brasil. As faixas diziam: "Diga não ao aborto!", "O Ministério é da Saúde ou da Morte?" "Saúde é vida! Aborto é morte" e "Por um Brasil sem aborto". Tinha ainda uma faixa somente com a assinatura da "Arquidiocese de Fortaleza".

Fonte: Jornal de Brasília

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