De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de morte é 3,46% maior entre pessoas que, além de ter doença grave causada
pelo novo vírus, apresentem pelo menos um fator considerado de risco, como gravidez, diabetes e hipertensão, obesidade mórbida,
deficiência imunológica (em casos de pacientes com câncer ou em tratamento para aids) e doenças cardiovasculares e respiratórias.
A taxa de letalidade é de 15,09% entre pessoas com algum fator de risco, contra 4,36% entre aquelas sem fator de risco.
Por essa razão, a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é no sentido de que os grupos de risco recebam o tratamento
até 48 horas após o início dos sintomas.
O Ministério da Saúde registra 56 mortes por gripe suína em todo o País. Entretanto, números divulgados pelos governos
estaduais contabilizam 76 vítimas fatais: 25 no Rio Grande do Sul, nove no Rio de Janeiro, quatro no Paraná, uma na Paraíba,
além das 37 de São Paulo.
Dados paranaenses
De acordo com a Secretaria de Saúde, 300 leitos gerais serão colocados à disposição nos próximos dias. De acordo com órgão,
os cerca de 2.000 postos de saúde nos 399 municípios do Estado e as 1.672 equipes de saúde da família estão preparadas para
realizar o atendimento inicial dos doentes.
Os casos mais graves contam com um hospital em cada uma das 22 regionais, além dos hospitais de referência. De acordo
com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde, há 180 casos confirmados da gripe no Paraná e quatro mortes.
Paraná e outros Estados suspendem aulas
Seis estados brasileiros decidiram adiar a volta às aulas da rede estadual de ensino para evitar a disseminação do vírus
Influenza A (H1N1). Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal adotaram a medida.
No Paraná, o Sindicato das Escolas Particulares também recomendou a suspensão das aulas nestas instituições. No total, mais
de 2 milhões de estudantes ficam sem aulas até a segunda semana de agosto só no Paraná.
Em Maringá, 55 mil estudantes estão sem aula. Clique
aqui e leia a notícia publicada no jornal O Diário.
Em SP, Ministério é questionado sobre protocolo contra gripe suína
O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo informações sobre os critérios
adotados pelo órgão para o fornecimento ou não do medicamento adequado no caso de possível infecção por gripe suína, o antiviral
oseltamivir. O MS tem 10 dias, depois do recebimento do ofício, para responder aos questionamentos.
O objetivo do MPF é esclarecer uma aparente contradição existente no protocolo adotado pelo Ministério da Saúde. A orientação
é de que o medicamento seja fornecido apenas aos pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas. No entanto,
segundo o MPF, tal medicamento, para ser mais eficiente, deve ser ministrado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
No ofício, o MPF também quer saber quais as orientações repassadas para a realização ou não de exames laboratoriais para a
comprovação da doença.
O procedimento administrativo foi instaurado depois da denúncia de que alguns hospitais estariam se recusando a realizar
exames laboratoriais e a fornecer o medicamento indicado para os casos de possível infecção pela doença.
Fonte: CRMPR com dados dos sites da UOL e Terra.