Com mudança, médico poderá indicar remédio também para casos não considerados graves. O vírus Influenza A (H1N1) já responde
agora por mais da metade dos casos de gripe no país, de acordo com o ministro da Saúde.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná, em conjunto com a Associação Médica do Paraná e as Sociedades Paranaenses de
Infectologia, Pediatria e Tisiologia e Doenças Torácicas, esteve reunido, nesta segunda-feira, dia 3 de agosto, com o secretário
de Estado da Saúde, Gilberto Martin. O objetivo foi propor que o medicamento Tamiflu, usado no tratamento de pacientes com
suspeita de contaminação pelo vírus da Influenza A (H1N1), seja oferecido aos que apresentarem sintomas e diagnóstico clínico
confirmados de gripe. A SESA-PR prometeu flexibilização na liberação do medicamento e oportunizar condições de atendimento
aos profissionais que estão na linha de frente do atendimento aos pacientes suspeitos. O Promotor de Justiça do Centro de
Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público, Marco Antonio Teixeira, também esteve
presente na reunião.
O protocolo do Ministério da Saúde orienta que se prescreva o medicamento para paciente acima de 65 anos de idade, crianças
com menos de cinco anos, pessoas com problemas crônicos de saúde, gestantes, casos que apresentem Doença Respiratória Aguda
Grave e profissionais de saúde em atendimento que venham a apresentar síndrome gripal. Entretanto, de acordo com as entidades
médicas, a maior parte dos quadros graves de gripe tem ocorrido na população adulta jovem. "Muitas vezes após um quadro clínico
inicial favorável, evolui para insuficiência respiratória e, na sequência, o paciente já necessita de respiração assistida",
informa o presidente do CRMPR, Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho. "Nesta fase, o uso da medicação antiviral não tem resposta
satisfatória, ou seja, não tem a mesma ação, de quando ministrada em até 48 horas do início do quadro", completa.
Por estes motivos, os representantes das entidades médicas enviaram solicitação à SESA requerendo o fornecimento da medicação
específica em todo o quadro sugestivo de síndrome gripal, independente dos critérios de protocolo. "Esta medida urgente, certamente
minimizará os efeitos nefastos que a doença pode vir a causar em nosso Estado e assegurará atendimento adequado à população
exposta ao vírus, a fim de diminuir a morbi-mortalidade", finaliza.
A próxima ação das entidades médicas, agora com apoio do Secretário Estadual de Saúde do Paraná, Gilberto Martin, será
encaminhar documento com indicações e sugestões ao Ministério da Saúde. A SESA garantiu que, mesmo ampliando o número de pacientes
que poderão receber o medicamento, os estoques do Paraná serão suficientes e pediu atenção aos profissionais para que não
seja banalizada a prescrição do Tamiflu, pois, de acordo com Gilberto Martin, "é a única bala da agulha que temos no momento
para enfrentamento da doença".
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href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/290-2009.pdf" target="_blank"> aqui e tenha acesso ao teor do Ofício
enviado à SESA pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná, em conjunto com a Associação Médica do Paraná e as Sociedades
Paranaenses de Infectologia, Pediatria e Tisiologia e Doenças Torácicas.