28/06/2018

Imprensa destaca pesquisa CFM/Datafolha sobre a percepção do brasileiro em relação à saúde

Levantamento repercutiu no Jornal Nacional, Folha de S. Paulo e diversos outros jornais do país

clique para ampliarclique para ampliarO presidente do CFM, Dr. Carlos Vital, explicou à imprensa as informações sobre a pesquisa (Foto: CFM)
A pesquisa Datafolha/CFM, que comprovou a insatisfação do brasileiro com o sistema de saúde, foi destaque na edição dessa quarta-feira (27), do Jornal Nacional (acesse a matéria aqui). Nesse mesmo dia também foi página inteira do jornal Folha de S. Paulo (acesse aqui) e em dezenas de jornais de todo o país. A pesquisa, divulgada para a imprensa na terça-feira (26), foi destaque também na Agência Brasil (leia aqui) e em rádios de todo o país. Acesse, aqui, a pesquisa na íntegra. 

O levantamento, realizada pelo Instituto Datafolha no início de maio, ouviu 2.087 pessoas. Dessas, 89% classificaram a saúde – pública ou privada – como péssima, ruim ou regular. A avaliação é compartilhada por 94% dos que possuem plano de saúde e por 87% dos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). A amostra, composta por homens e mulheres com idade superior a 16 anos, respondeu a um questionário estruturado, que perguntou, também, sobre a expectativa dos brasileiros acerca da atuação dos próximos governantes e parlamentares em relação à assistência médica.

Para os entrevistados, os políticos que vencerem o pleito deste ano devem adotar medidas que combatam a corrupção na área da saúde (26%); reduzam o tempo de espera por consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos (18%); aperfeiçoem a fiscalização dos serviços na rede pública (13%); fomentem a construção de mais postos e hospitais (11%); e garantam melhores condições de trabalho e de remuneração para médicos e outros profissionais da área (9%).

Acesso

O tempo de espera é o fator com avaliação mais negativa do SUS – o item é apontado como maior gargalo na rede pública para 82% dos entrevistados que buscam consulta, 80% dos que precisam de um exame de imagem e para 79% dos que aguardam cirurgia. Entre os itens com maior dificuldade de acesso na rede pública estão: consultas com médicos especialistas (74%); cirurgias (68%); internação em leitos de UTI (64%); exames de imagem (63%); atendimento com profissionais não médicos, como psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas (59%); e procedimentos específicos como diálises, quimioterapia e radioterapia (58%).

Também são vistos como vilões a falta de recursos financeiros para o SUS (15%) e a má gestão administrativa e operacional do sistema (12%). Questões como a falta de médicos (10%) e a dificuldade para marcar ou agendar consultas, cirurgias e procedimentos (10%) completam o topo do ranking. De acordo com o estudo, 83% das pessoas ouvidas acreditam que os recursos públicos não são bem administrados; 73%, que o atendimento não é igual para todos; e 62%, que o SUS não tem gestores eficientes e bem preparados. Entre os 14 serviços disponíveis em postos e hospitais analisados pelo estudo, 11 foram alvo de críticas.

As avaliações positivas foram para os serviços de vacina (87% consideram fácil ou muito fácil); exames laboratoriais (65% de aprovação); atendimento no posto de saúde e acesso a remédios distribuídos pela rede pública (62% de aprovação). 

Apesar das reclamações, os entrevistados afirmaram que o SUS deve ser valorizado como política social relevante. Os números mostram que, para 88% dos entrevistados, o sistema deve ser mantido no país como modelo de assistência de acesso universal, integral e gratuito para brasileiros, conforme previsto em seus princípios e diretrizes legais.

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