23/07/2009

Gripe A lota os postos de saúde

Pandemia



Em Curitiba, quem tem sintomas da gripe A fica até 7 horas na fila de posto. Mas não há risco de contaminação
Com a confirmação da primeira morte por gripe A (H1N1) no Paraná, a procura por atendimento nas unidades de saúde deve aumentar ainda mais nos próximos dias.
Consequentemente, avalia o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, pode haver demora no atendimento. "Eventualmente, em um ou outro local pode ter um tempo de espera maior, já que não temos como garantir isso 100%", admite.

Apesar das aglomerações nas unidades de saúde, o médico Alceu Fontana Pacheco Júnior, presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia (SPI) e conselheiro do CRMPR, afirma que não há risco de transmissão enquanto se aguarda atendimento, desde que o paciente suspeito de estar contaminado esteja usando máscara. "Sempre que há aglomeração, seja onde for, há risco de contaminação. Mas se o paciente estiver com máscara, o vírus está isolado", explica o médico.

Em Curitiba, o tempo médio de espera aumentou de 3 para 4 horas nos centros municipais de emergências médicas. Em alguns casos, a espera pelo atendimento pode chegar a 7 horas. Foi o caso do inspetor Cláudio Santos, na unidade Boqueirão, por exemplo. "Cheguei com meu filho (16 anos), que está com dor no peito e na garganta, por volta das 11 horas e ainda não fui atendido", disse, às 18 horas.
No Boqueirão e nas outras duas unidades visitadas ontem pela reportagem (Cajuru e Boa Vista), quem chega com sintomas da gripe A (tosse, febre alta, dor muscular, dor de garganta ou outro) recebe máscara e é isolado até receber os primeiros cuidados.

Em Foz, a reclamação de demora é a mesma. No posto de saúde do bairro Morumbi, onde está concentrado o atendimento à gripe A, o movimento durante a noite, que geralmente é de 60 pacientes, chegou a 150 pessoas na terça-feira. Ontem à tarde, João Domingues de Lima, 52 anos, aguardava havia mais de duas horas para receber o atendimento inicial, feito por enfermeiras. Elas medem a pressão do paciente, verificam a febre e distribuem máscaras.

A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba também estuda a possibilidade de centralizar o atendimento dos pacientes com suspeita de gripe A (H1N1). Isso pode ocorrer caso continue aumentando a procura por diagnóstico nos próximos dias, segundo o diretor do sistema de urgência do município, Matheus Chomatas. Só a Unidade de Saúde do Boa Vista, com sede provisória no Bacacheri, já atendeu cerca de 200 pacientes nesta semana.


Após morte, cidade muda procedimentos

Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde vão hoje a São José da Boa Vista após a confirmação da primeira morte por gripe A (H1N1) na cidade de 7 mil habitantes do Norte Pioneiro. Terça-feira, o Mi­­nistério da Saúde confirmou que o exame da empresária Leonice Scarton, que faleceu aos 43 anos no último dia 14, deu positivo para a nova gripe. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, os técnicos se reunirão com os médicos do município para atualizar os procedimentos a serem adotados nos atendimentos.


São Paulo registra mais três mortes

São Paulo registrou ontem mais 3 mortes por gripe suína. Uma menina de 1 ano e 6 meses, moradora da região do Grande ABC, uma mulher de 27 anos, de Valinhos, na região de Campinas, e um paciente de Itapetininga são as novas vítimas. Chegam a 12 os óbitos causados pela doença no estado. No país, são 29 mortes no total.


Fonte: Gazeta do Povo

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