12/06/2008

Governo anuncia atenção especial à saúde do homem

Depois de promover programas para idosos, adolescentes, crianças e mulheres, o Ministério da Saúde dará agora atenção especial à saúde do homem. Pesquisa iniciada há três meses, que contou com a participação de médicos de todo o país, antropólogos, psicólogos e representantes de universidades e organizações da sociedade civil, identificou as cinco áreas em que se verifica maior número de mortes entre homens: psiquiatria, urologia, cardiologia, pneumologia e gastroenterologia.

O foco da pesquisa foi a faixa etária considerada produtiva: homens com idade entre 25 e 59 anos. Nesses grupos, câncer de pulmão, infarto do miocárdio, câncer de próstata, disfunções sexuais, acidentes de trânsito e agressões pessoais (suicídio) e a terceiros são as causas de morte que mais aparecem atenção.

Segundo o coordenador da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Ricardo Cunha Cavalcante, tais dados vão possibilitar ações de combate a esses problemas. "Estamos em negociação com a Uerj [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] para fazer um projeto piloto de atendimento à saúde do homem. Teríamos uma visão prática ligada a uma universidade e teríamos a possibilidade de investigar, na prática, o que podemos ajustar para o restante do país."

De acordo com a pesquisa, o câncer de próstata é o que mais mata e o de pulmão, o mais diagnosticado. A pesquisa mostrou que 49% dos homens sofrem de disfunção erétil. "Obviamente, se as coisas não vão bem no campo de vista sexual, esse homem não tem condições normais e psicológicas de fazer o seu trabalho continuar dentro dos princípios da normalidade e da produtividade", afirmou Cavalcante.

A Política Nacional da Saúde do Homem vai ser lançada no dia 11 de agosto pelo presidente Luiz Inácio da Silva e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Ele informou que a pequisa sore as causas de morte entre os homens já foi concluída. A próxima fase é elaborar a Política Nacional de Saúde do Homem e encaminhá-la ao presidente da República e ao Ministro da Saúde.

Cavalcante disse que o trabalho envolverá também instituições do Grupo S - Serviços Sociais da Indústria (Sesi), do Comércio (Sesc) e de Aprendizagem Industrial (Senai), entre outros. "Estamos ainda em negociações muito primárias com o Grupo S, sobretudo com o Sesi, para que a gente possa fazer isso. Vamos tentar verificar junto aos sindicatos e procurar divulgar a política nacional, para que ela possa ser implementada em todo o território nacional ainda neste governo."


Fonte: Agência Brasil

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