Com medo do veto da oposição, líderes governistas na Câmara negociam o início da cobrança da CSS (Contribuição Social da Saúde),
a nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), só a partir de 2009, informa o
blog do Josias.
Liderados pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), o alto-comando tenta ganhar tempo para angariar o apoio, de alidados
e da oposição, necessário para aprovação da emenda 29 (que amplia os recursos para a saúde) pelos deputados.
Sem acordo dentro da própria base governista sobre a inclusão da CSS no texto da emenda, os governistas decidiram adiar
a votação nesta quarta-feira (28) para a próxima terça. Por se tratar de um projeto de lei complementar, a base aliada precisaria
do voto de 257 parlamentares à matéria.
A Folha Online apurou que, além de dificuldades para fechar o texto da CSS, os governistas também não estavam seguros
sobre o apoio da maioria da Casa Legislativa à proposta.
Fontana, líder do governo na Câmara, disse ao blog que uma alteração visa a fazer com que a CSS entre "em vigor no dia
1º de janeiro de 2009". Quanto ás verbas, estimadas de R$ 3 bilhões a R$ 6 bilhões, virá de um "esforço do governo" para prover
os valores imediatamente.
Na prática, o adiamento da vigência da CSS para 2009 embute uma dose de cálculo e outra de esperteza. Modificado na Câmara,
o projeto terá de retornar ao Senado. Ali, dificilmente será votado antes do final de 2008.
Fonte: Folha de São Paulo