Suspeitos
Local também serviria como ponto de encontro com jovens que seriam exploradas sexualmente
Uma clínica de aborto, que funcionava no Centro de Curitiba há cerca de uma década, foi fechada neste sábado (26) na Operação
Hera, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Curitiba (Gaeco). O dono da clínica era o
ginecologista e obstetra Rafael Pedral Sampaio Cunha, que já está preso. Ele também está sendo acusado de pedofilia. Segundo
o coordenador da Gaeco Núcleo Regional Curitiba, Vani Antonio Bueno, a clínica servia como ponto de encontro do médico com
adolescentes.
Outros cinco envolvidos no caso de aborto e pedofilia também tiveram as prisões temporárias decretadas, entre eles duas
enfermeiras que trabalhavam para o médico; uma senhora que indicava clientes a ele; e a mãe de duas meninas - uma de 12 anos
e outra de 17 - que as levava até a clínica para serem exploradas sexualmente, em troca de dinheiro e outros bens. Uma paciente,
que estava internada na clínica após ter realizado o aborto de um feto de cinco meses na sexta-feira à noite, também foi presa
durante a operação da polícia.
O feto foi encontrado no local e encaminhado ao Instituto Médico-Legal. A senhora presa por indicar pacientes era porteira
de um prédio, onde havia a clínica de outro médico que realizava abortos. Quando este médico morreu, passou a informar as
pacientes da clínica de Rafael Sampaio Cunha.
As investigações começaram em julho deste ano após denúncia recebida pelo Gaeco. De acordo com as investigações da polícia,
o médico costumava receber as meninas em seu consultório após as 19 horas, de uma a duas vezes por semana. Além das irmãs
que eram levadas pela mãe, outras meninas participavam de uma espécie de rodízio mensal.
Indícios apontam que o consultório, que ficava na Avenida Marechal Deodoro, funcionava há pelo menos dez anos exclusivamente
para a prática de abortos. A consulta custava R$ 200 e o procedimento cirúrgico, entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, variando de acordo
com o período da gestação. Eram realizados em média 15 procedimentos por mês. As pacientes vinham de cidades do Paraná, de
Santa Catarina e de São Paulo.
Fonte:
href="http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=928016" target="_blank">Gazeta do Povo.
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Rede Antidrogas