13/02/2019
Reuniões em Brasília com Luiz Henrique Mandetta e com deputados e senadores eleitos ou reeleitos envolveu o Instituto Brasil de Medicina
A carreira médica de Estado é a principal bandeira de luta da Frente Parlamentar da Medicina. Para isso, será necessária a revisão da forma como é organizado o atual Programa Mais Médicos. A frente defende um modelo com mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos, com prioridade para médicos brasileiros e a exigência de revalidação para os formados no exterior.
O presidente da frente, deputado Hiran Gonçalves, do PP de Roraima, ressalta que as expectativas são claras a esse respeito no atual governo:
"Nós temos poucos médicos lá no interior do Amazonas, no interior do Acre, no interior de Roraima, no sertão do Nordeste e esse é um grande desafio. E o presidente Bolsonaro, no seu programa de governo, foi muito claro em propor para nós carreira médica de Estado. Que nós achamos que é a maneira mais adequada de ocuparmos espaços nesses vazios assistenciais do país. Óbvio, e o ministro [da Saúde Henrique] Mandetta sabe disso, que é um homem que conhece muito a Saúde, uma referência para todos nós, ele sabe que nós não podemos de supetão acabar com o [programa] Mais Médicos. Nós temos de encontrar uma maneira, uma transição entre esse modelo do Mais Médicos e aperfeiçoá-lo através de uma carreira médica de Estado."
Na quarta-feira (12) houve um encontro dos deputados eleitos e reeleitos com os médicos que compõem o Instituto Brasil de Medicina e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que está preparando a construção dessa carreira, como ele mesmo explica:
"Eu acho que, quando a gente fala de carreira de Estado, a gente está um caminho dentro do Estado. Nós temos que ousar, nós temos que pensar junto com a Câmara. Alguns lugares podem não ser uma carreira cartesiana, como se pensa nessa história de carreira. Eu tenho por exemplo: como é que eu faço no Parque Nacional do Xingu? Talvez lá seja uma receita muito, muito mais de fique 15 dias, saia, vá outro médico, fica 15, vai outro fica 15, como se fosse plataformas, pode ser que seja assim. Porque é muito difícil você ter um plano de carreiras dentro de áreas remotas."
As outras bandeiras de luta da Frente Parlamentar da Medicina são: a suspensão da abertura de Escolas de Medicina até que sejam aprovadas regras claras para isto; a rediscussão do modelo de saúde brasileiro do SUS aos planos de saúde suplementar; e a aprovação de leis que protejam os médicos da violência no local de trabalho e punam os agressores.
A frente parlamentar já conta com o engajamento de 198 deputados e 12 senadores. Fazem parte do grupo, dentre outros, os parlamentares paranaenses Pedro Lupion e Luciano Ducci, deputados federais, e Oriovisto Guimarães, senador, que durante a campanha formalizaram compromisso de apoio às causas médicas que se revertem em prol do melhor na atenção à saúde da população. O ex-presidente do CRM-PR e seu membro nato, Luiz Carlos Sobania, um dos idealizadores do Instituto Brasil de Medicina (IBDM), participou das atividades na semana em Brasília, incluindo encontro do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Luiz Antonio Munhoz da Cunha, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e também um dos paranaenses presentes no IBDM, acompanhou as reuniões.
Fontes: Câmara dos Deputados, IBDM e CRM-PR.