03/05/2007

Fórum discute medicina e ética


Até que ponto o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpre seus princípios, definidos na Constituição de 1988 - "Saúde, direito de todos e dever do estado -, deixando pacientes esperando na fila e até morrendo por falta de atendimento? Essa e outras perguntas serão respondidas em 24 e 25 de maio, em Belo Horizonte, durante o fórum nacional O SUS, o médico, o paciente e a ética, promovido pela Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais. Representantes de outros países, como Chile e Canadá, vão mostrar experiências que deram certo e que podem amenizar o sofrimento de milhões de brasileiros que dependem da saúde pública. O encontro vai resultar na Carta de Minas, que será encaminhada ao governo federal e autoridades médicas, relacionando os maiores problemas e sugerindo soluções.

De acordo com o presidente do CRM-MG, Hermann von Tiesenhausen, o SUS tem bons profissionais, mas o cidadão não consegue atendimento. "Por isso, queremos discutir o sistema, o médico, o hospital, a urgência, emergência, a ética do SUS e orçamentos", informa. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão é um dos convidados.

Para Tiesenhausen, o SUS não é ético. "Aquela norma constitucional de que todos são iguais em credo e cor não se cumpre no SUS. Nas filas de urgência, existem duas palavras ou duas situações mágicas: a do Hulk (alusão ao Incrível Hulk, personagem de força imbatível das histórias em quadrinhos), que quebra o balcão e é atendido imediatamente, nem que seja pela polícia, e a do Tarzan, que é atendido no berro", compara o presidente do CRM-MG.
Ainda de acordo com o presidente do CRM-MG, uma grande parcela dos brasileiros está contratando planos de saúde por não ser atendida pelo sistema público. "Os planos de saúde atendem cerca de R$ 40 milhões. O restante, bem ou mal, é o SUS", acrescenta.


Fonte: Estado de Minas (MG)

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